Por Suelen Alencar | Única News
Por Karen Malagoli/ALMT

A oitiva realizada na terça-feira (23), pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Frigoríficos recebeu apenas três das cinco testemunhas convocadas.
Foram ouvidos Mauro Suaiden, representante do frigorífico Margens S/A, o prefeito de Matupá Valter Miotto Ferrerira e o diretor André Luis Baldiserra que representa o grupo BRF, de Várzea Grande.
Suaiden afirmou que a empresa está em recuperação judicial e portanto não opera mais “A planta de Barra do Garças está fechada e abandonada, e realmente, não pensamos em reabri-la”, explicou ele.
Segundo o presidente da CPI, deputado Ondanir Bortolini (PSD), a planta de Barra do Garças funcionava até 2009, inclusive com cerca de 10 mil funcionários operando, mas foram demitidos. O questionamento, que levou também a investigação é que em estados como Rondônia, Mato Grosso do sul, Goiás, Paraná, Pará e São Paulo as plantas da empresa estão em pleno funcionamento.
Sobre a influência da JBS no fechando da empresa, o representante disse que a Margen resolveu apenas investir em outros estados, falou que a empresa JBA é forte no ramo e por isso não quebra.
A segunda testemunha o prefeito de Matupá, Valter Miotto Ferreira, declarou que a cidade sofreu prejuízo financeiro e o índice de desemprego subiu drasticamente. “Quando a unidade de Matupá fechou, a perda financeira foi enorme, e o comércio sentiu um forte impacto negativo. Entendo que com o apoio do trabalho da CPI, Matupá possa ter a reabertura do frigorífico”, disse Miotto.
Miotto coloca em questão a compra da JBS pela planta de Matupá e o fechamento da empresa logo depois e disse “os danos foram incalculáveis”. Destacou também que a prefeitura entrou na justiça para reaver o terreno doado em 2002 para a construção e funcionamento do frigorífico.
E por fim, a terceira testemunha o diretor do grupo BRF, de Várzea Grande, André Luis Baldiserra falou que desde 2013 o grupo já não operava comercialmente com carne bovina, para negociar aves e suínos. Segundo André, a mudança foi devido a vários fatores, decidido e estudado pela diretoria e que agora “atualmente o grupo investe em novas tecnologias para abates de aves e suínos, um ramo que vem dando bons resultados para a empresa”, apontou ele.
Segundo na assessoria, não compareceu o representante da Brasfri S/A, de Nova Monte Verde, Danilo de Amo Arantes. Em justificativa à equipe técnica, ele pediu licença e alegou que se encontra há seis anos afastado do grupo e que não possui informações adequadas para a CPI.
O representante do Sol Nascente, de Cáceres, José Antonio Duarte Alvares também não compareceu. A próxima oitiva está marcada para o dia 30 de agosto.
Nova fase
Agora a CPI vai ouvir representantes do frigorífico JBS. Uma nova oitiva está marcada para 30 de agosto. Segundo matéria publicada no site oficial da ALMT o presidente da CPI, acredita que o fechamento das plantas frigoríficas de Mato Grosso tem uma única saída, o monopólio do grupo JBS. “Nosso trabalho está numa fase avançada e até o fechamento do relatório vamos ouvir um representante do JBS para conclusão”, admitiu Nininho.
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