Thays Amorim
Única News
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), classificou a reunião do governador Mauro Mendes (UB) com o presidente da Executiva Nacional do PL, o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, que ocorreu na última quarta-feira (09), em Brasília, como um “ato de desespero”. Para o emedebista, Mendes está “atirando para todo lado”.
A reunião com o PL do senador Wellington Fagundes teve como objetivo discutir um possível apoio do partido à reeleição do governador. A articulação coloca Fagundes no mesmo palanque que Mendes e ainda traz o apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) – contudo, oficialmente, não existe nenhuma definição.
“É o desespero, ele [Mauro] está tentando um apoio de um presidente que ele sempre criticou, debochou, que ele sempre desfez. E agora, no seu isolamento político, [ele] está atirando para todo o lado. Mas não sei, vamos esperar, vamos respeitar a construção de todas as candidaturas, mas eu vejo como uma ação de desespero e total incoerência com o seu discurso”, declarou.
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A reunião teve uma grande reverberação na política mato-grossense. Isso porque Emanuel tem dialogado com Wellington para a construção de uma chapa em oposição a Mendes. Contudo, a reunião pode mudar os planos políticos do prefeito, já que Fagundes tem resistido à ideia de disputar o Palácio Paiaguás e afirma que o seu projeto é a reeleição ao Senado.
Emanuel citou ainda as críticas de Mendes a Bolsonaro e afirmou que o objetivo da reunião foi “salvá-lo” do isolamento político. O prefeito relembrou uma carta assinada por Mendes e outros 19 governadores que contestavam uma informação publicada pelo presidente, sobre repasses do governo federal aos Estados.
“Há pouco atrás, [ele] assina um ofício com dezenas de outros governadores contra o governo federal (...), contundente, com críticas ácidas ao governo do presidente Jair Bolsonaro. E agora, sem nada de novo de novo que pudesse justificar, corre de forma desesperada para os braços do governo para salvar do seu isolamento político. Então, faz parte”, destacou.
Na próxima segunda-feira (14), Emanuel entra de férias por 14 dias para articular a construção de um nome em oposição à Mendes na disputa ao Paiaguás. Tanto o futuro político de Wellington quanto do emedebista – que já declarou a possibilidade de ser ele mesmo candidato ao Governo – dependem da decisão do governador, que ainda não deu sinais sobre sua decisão.
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