Luana Valentim
(Foto: Reprodução/Assessoria)
O deputado estadual, Gilmar Fabris (PSD), candidato a reeleição, em entrevista à Rádio Capital FM, nesta quarta-feira (19), disse sentir alívio após o desembargador do Tribunal de Justiça, José Zuquim Nogueira suspender nesta semana a decisão de agosto, em que condena Fabris a 6 anos e 8 meses de detenção pela suspeita de crime de peculato.
Em agosto, Fabris foi condenado a 6 anos e 8 meses por um crime contra a Administração Pública por um colegiado. Ele teria assinado 22 cheques utilizados em um esquema que desviou R$ 1,5 milhão da Assembleia Legislativa, na época em que era o presidente. O caso investigado na operação Arca de Noé, teria acontecido em 1996 e, pela demora no julgamento, foi prescrita. Porém, no dia 24 de julho deste ano, a sentença da condenação foi publicada e o parlamentar foi considerado inelegível pela Lei da Ficha Limpa.
O Tribunal Regional Eleitoral aceitou o pedido do Ministério Público Eleitoral de impugnar a candidatura de Fabris e também de obrigar o deputado a entregar seus bens como garantia dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral utilizados durante a campanha como garantia para que ele devolva os recursos em caso de a candidatura ser barrada definitivamente.
No último dia 3, Fabris pediu ao Tribunal de Justiça que suspenda a decisão em que o condenou a seis anos e oito meses de prisão por crime contra a Administração Pública. Por se tratar de uma decisão proferida por órgão colegiado, a Procuradoria Regional Eleitoral entende que ele se enquadra na Lei da Ficha Limpa que barra a candidaturas de pessoas condenadas em 2ª instância.
“Eu fiquei 40 dias preso e nesse tempo não sabia nem porque lá estava. Até porque na gestão passada eu era suplente, então não tinha razão de receber mensalinho como diziam. E se não bastasse, depois eu saí de lá, graças a Deus, por unanimidade, tive 6 votos a zero, não devo nada e não devia”, destacou.
Apesar do processo, Fabris se considera como um candidato ficha limpa, destacando que o desembargador decidiu pela prescrição.
Analisa ainda, que este processo estava atrapalhando a sua campanha. Ele relata que em viagens pelo interior do Estado, estava sendo indagado sobre essa questão jurídica, o que estava causando certa dificuldade em sua campanha ao ter que sempre estar dando explicações sobre essas questões, mas avalia que órgão fez Justiça e acredita que agora terá facilidade em suas andanças por Mato Grosso.
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