Luana Valentim
Foto: (Reprodução/Web)
O deputado federal Fabio Garcia, presidente do Democratas justificou seu recuo na disputa pela reeleição na Câmara Federal, chamando a primeira suplência na chapa do candidato ao Senado, Jayme Campos (DEM), como um novo desafio em sua vida.
Em entrevista à Rádio Capital FM, nesta sexta-feira (10), o parlamentar ainda fez questão de frisar que na boa política, os interesses individuais não podem estar acima do coletivo. Mas, sobretudo, que este exercício democrático precisa privilegiar um objetivo comum e que no caso do DEM foi a necessidade de encontrar um novo caminho para Mato Grosso, para colocá-lo novamente nos trilhos. Lembrando que nos últimos anos o Estado, por má gestão, foi literalmente quebrado do ponto de vista financeiro.
“Em 2014, quando o governador Pedro Taques assumiu o Estado, tinha R$ 900 milhões de dívidas e agora tem R$ 3 bilhões. Estes dados, inclusive, são oficiais. Ou seja, o governo fez com que constassem estes dados em relatório – na página 42 -, que foram enviados ao Tribunal de Contas. E a gente precisa encontrar um caminho para o Estado”, afirmou.
Fabio pontuou que a executiva do DEM, entendeu que ele deveria então deixar a disputa a reeleição – mesmo que liderando as pesquisas de intenção de votos – para compor a chapa majoritária e participar da coordenação da campanha do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, na disputa pelo governo.
“Eu entendo que na verdade, a gente precisa ter na política desprendimento do cargo para alcançar os objetivos maiores, que é ajudar uma sociedade como um todo. Então eu estou muito tranquilo com essa decisão e estou pronto para esse desafio”, ressaltou.
Fabio descartou as especulações de que teria recuado de sua candidatura para abrigar o PTB e o PP no arco de alianças de Mendes, no momento das conversações. Mas admitiu que sua decisão foi em conjunto com o partido, analisando o que era melhor para o Estado. E caso fosse verdade, as siglas estariam com o DEM, o que não ocorreu.
O deputado disse que está confiante, pois tem à frente do projeto para as mudanças no Estado dois grandes administradores, Mendes – que saiu com 80% de aceitação – e o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT) – transformou o município em uma das melhores cidades para se viver no país. E ainda a certeza de que como suplente, poderá ajudar muito mais os mato-grossenses, pois Jayme irá oferecer a ele um espaço para atuar no Senado, fazendo um trabalho em conjunto.
Ao ser questionado se o motivo de ter recuado da reeleição, tem relação ao fato de querer disputar a cadeira no Palácio Alencastro em 2020, Fabio disse que sonha em ser prefeito de Cuiabá, sendo que sua carreira foi construída no executivo, mas não tem a ver com a sua decisão de agora.
“Nós precisamos parar de pensar somente em eleição no Brasil. Sair de uma eleição e entrar em outra. Precisamos trabalhar mais. O que me faz ter a possibilidade de alcançar novos objetivos, é o resultado do meu trabalho”, relatou.
O parlamentar ainda pontuou que não há como negar que o Estado está ‘quebrado’, pois ao perguntar para os fornecedores, servidores públicos sobre os repasses, eles sempre informam que tudo está em atraso, assim como os repasses na Saúde, ao municípios e aos Poderes.
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!