Euziany Teodoro e Keka Werneck
Única News
O clima ficou tenso na audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (4), para discutir a possível mudança do modal em Cuiabá e Várzea Grande, do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o Bus Rapid Transit (BRT).
O Governo do Estado não mandou representantes e o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, falou por meio de ligação telefônica. Ele disse que o Governo não foi convidado a participar presencialmente.
“Recebemos um convite do deputado senhor Valdir Barranco, para a Secretaria de Infraestrutura, e nesse convite, de uma forma clara, está convidando o Governo do Estado para participar da audiência de forma virtual, podendo acompanhar de alguma plataforma ou pelas redes sociais. Em nenhum momento está avisado que essa audiência pública poderia participar de forma híbrida, como está sendo feito. Muito pelo contrário. Pude ver aí pela transmissão da Assembleia que estão presentes pessoas ligadas exclusivamente ao município de Cuiabá. Não tem ninguém do município de Várzea Grande e não tem ninguém do Governo do Estado. Então me surpreendi muito que essa comunicação só existiu ao município de Cuiabá”, afirmou Carvalho.
A declaração causou reação do deputado Valdir Barranco (PT), respondeu pelo requerimento que originou a audiência pública. Ele se indignou e disse que divulgou amplamente o caráter híbrido do evento.
“Não é possível que um governo que gasta milhões com assessoria de imprensa não tem acompanhado minhas entrevistas. Eu concedi inúmeras entrevistas, as minhas falas na Tribuna, o tempo todo! Só na segunda-feira eu concedi duas entrevistas presenciais nas TVs de Cuiabá para falar desse tema e sempre deixei claro que a audiência era híbrida!”, afirmou o petista.
O deputado federal Emanuelzinho (PTB) e a deputada federal Rosa Neide (PT) pediram que o acirramento diminuísse. Segundo eles, “quem está perdendo com todo esse embate é a população”.
“Só temos a perder com esse tipo de embate, só a população perde. Mato Grosso errou desde o início do projeto do modal. Quantas interdições! Se formos politizar e demandar tudo o que aconteceu desde o início até agora, se formos chorar o leite derramado, possivelmente não conseguiremos resgatar. É importante todos terem consciência da história, entender o que aconteceu, mas é preciso sentar e olhar a questão presente, planejar o futuro dessa obra que é tão necessária para as cidades de Cuiabá e Várzea Grande”, afirmou Rosa Neide.
A audiência continua.
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