Cuiabá, 25 de Abril de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 15 de Fevereiro de 2021, 10:01 - A | A

15 de Fevereiro de 2021, 10h:01 - A | A

POLÍTICA / EM DEFESA DE PLEBISCITO

‘Grupinho de tecnocratas que anda de carro 0km’, diz prefeito sobre troca de modal

Euziany Teodoro
Única News



O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) voltou a defender que um plebiscito seja feito para definir a troca ou não do modal de transporte em Cuiabá e Várzea Grande, do VLT para o BRT. Ao pedir a consulta popular, acusou o Governo do Estado, que anunciou a troca, de ser “um grupinho de tecnocratas que anda de carro 0km”.

“Um grupo de tecnocratas do Estado, um grupinho que anda tudo com carro 0Km e ar-condicionado, nunca andou de ônibus na vida, nunca usou transporte coletivo na vida e quer decidir uma mudança de modal dessa seriedade, para milhares de usuários do sistema. Não vamos ser irresponsáveis, vamos ser corretos com a população. Deixa a população decidir!”, convocou.

A proposta de um plebiscito – que funciona como uma campanha eleitoral, inclusive com votação nas urnas – foi feita pelo deputado federal Emanuelzinho (PTB) e endossada pelo prefeito. Pinheiro disse que tem conversado com o prefeito de Várzea Grande, assim como com o senador Jayme Campos (DEM), grande influenciador politico da cidade vizinha, sobre a ideia.

“Cuiabá e Várzea Grande São uma cidade só, praticamente, uma região só. Essa questão de um novo modal, o deputado federal Emanuelzinho deu o tom. Ele propôs e a Prefeitura de Cuiabá abraçou a causa e estou conversando com prefeito Kalil, de Várzea Grande, e ele está vendo com muita simpatia. Conversamos com senador Jayme Campos essa semana e também vê com muita simpatia que deixem o povo decidir”, afirmou, em entrevista à Rádio nazareno, nesta segunda-feira (15).

Emanuel Pinheiro disse que aceitará a troca de modal se assim o povo decidir. “Quer mudar? Vai mudar. Mas não vai mudar sem ouvir Cuiabá e Várzea Grande. Você não pode mudar sozinho, ninguém tem essa legitimidade e autoridade. Nem o Estado sozinho, nem Cuiabá sozinha, nem Várzea Grande sozinha. Então, vamos ouvir o povo que é o maior interessado. Ele tem que decidir se quer VLT ou BRT. Se a decisão foi retirada de um plebiscito, eu acato”.

A troca

Em 21 de dezembro, o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou sua decisão – unilateral – de trocar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT). Segundo ele, há mais de 4 mil páginas de um estudo técnico que provam a viabilidade do modal.

A Assembleia Legislativa, inclusive, já aprovou que o Estado altere o objeto do convênio com a Caixa Econômica Federal, destinando os recursos para o BRT.

No entanto, em 9 de fevereiro deste ano, a Caixa Econômica Federal (CEF) enviou parecer à consulta feita pelo Grupo de Trabalho (GT) Mobilidade Cuiabá e confirmou que o dinheiro conveniado para as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) não pode ser aplicado em outro modal.

Para que isso seja feito, ainda cabem várias análises, que ainda não puderam ser iniciadas, porque não há projeto oficial sobre a troca do modal de transporte na instituição, nem no Ministério do Desenvolvimento Regional.

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