Cuiabá, 17 de Setembro de 2024
00˚
00˚C
00˚C
Cuiabá
facebook twitter instagram youtube

POLÍTICA Segunda-feira, 03 de Dezembro de 2018, 14:51 - A | A

03 de Dezembro de 2018, 14h:51 - A | A

POLÍTICA / NESTA TERÇA-FEIRA

Juiz ouve Lúdio por dívidas de campanha supostamente pagas com propina

Da Redação



(Foto: Reprodução)

ludio e faiad.jpg

 

Nesta terça-feira (04), o médico e ex-vereador petista Lúdio Cabral, eleito neste pleito deputado estadual, depõe - junto com outras cinco pessoas -, em ação de fevereiro de 2017, em que o Ministério Público Estadual e a Delegacia Fazendária afirmaram que pelo menos R$ 1,7 milhão em propina, arrecadada em fraudes envolvendo o Auto Posto Marmeleiro Ltda foi usado para pagar suas dívidas de campanha, em 2012. Quando ainda liderou - como cabeça de chapa -, a disputa à Prefeitura de Cuiabá, tendo como vice o ex-secretário de Administração [na gestão do ex-governador Silval Barbosa], Francisco Faiad. 

 

O depoimento de Lúdio será dado ao juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues - não como réu, mas como testemunha de Faiad -, no processo relativo à 5ª fase da Operação Sodoma, deflagrada no dia 14 de fevereirto de 2017, quando Faiad foi preso por seu envolvimento quando secretário de Estado.

 

Claro, se os oficiais de Justiça tiverem conseguido realizar a intimação ao ex-vereador e agora deputado, já que até a última quinta-feira (29), ele não havia sido localizado. Assim, como forma de não mais adiar os depoimentos na ação, o magistrado Jorge Luiz Tadeu determinou um novo mandado de intimação ao deputado eleito, Lúdio Cabral (PT) e Arlan Lino Edeus.

 

De acordo com o documento, as empresas Marmeleiro e Saga Comércio e Serviço de Tecnologia e Informática Ltda. teriam ganhado licitações na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) de forma fraudulenta e, em troca, teriam pago propinas na ordem de R$ 5,1 milhões. Destes, R$ 1,7 milhão foi usada para pagar as dívidas da campanha. Além disso, conforme o MPE, o Estado pagava às empresas por combustíveis que não eram fornecidos, mas sim inseridos de forma fictícia no sistema. 

 

Ainda consta nos autos - que uma das “missões” de Faiad, na época -, foi a de usar parte do dinheiro arrecadado para pagar débitos decorrentes da campanha de Lúdio.

 

“No período em que Francisco Faiad integrou a organização criminosa, o noticiado desvio de dinheiro público teve o seguinte destino: 1 — R$ 1.700.000,00 promoveu o pagamento de dívida de campanha eleitoral do ano de 2012 na qual ele, Francisco Faiad e Lúdio Frank Mendes Cabral, concorriam ao cargo de vice- prefeito e prefeito respectivamente, junto à própria empresa Marmeleiro no período de fevereiro a agosto de 2013”, diz trecho da denúncia do Ministério Público.

 

Também de acordo com o MP, os R$ 1,7 milhão teriam sido usados para o próprio Posto Marmeleiro que teria prestado serviços à campanha de Lúdio.

 

E ainda que R$ 916.875,00 teria sido usado para formar um “caixa” para bancar a campanha política do grupo de Silval em 2014, da qual Faiad concorreu como deputado estadual, sem conseguir assegurar a vaga no Parlamento. 

 

Também serão ouvido nesta terça, além do recém-eleito palamentar, Francisco de Assis Amâncio Figueiredo Dorileo, Flaviano Kleber Taeus Figueiredo, Mauro Cesar Pereira, Silvia Mara Gonçalves e Arlan Lino Edeus.

 

A operação

 

Deflagrada em fevereiro de 2017, a 5ª fase da Sodoma apurou esquema de desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, por meio de duas secretarias.  Quando as Marmeleiro e Saga Comércio e Serviço de Tecnologia e Informática Ltda teriam supostamente recebido juntas, aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, em licitações fraudadas do Estado. Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 7 milhões.

 

Constam como réu na 5ª fase da Sodoma -  além de Faiad -, ainda o ex-governador Silval Barbosa, seu ex-assessor Sílvio Cesar Corrêa Araújo, o ex-secretário adjunto de Administração, José Jesus Nunes Cordeiro, e o ex-secretário-adjunto executivo da Secretaria Executiva do Núcleo de Trânsito, Transporte e Cidades, Valdisio Juliano Viriato. Silval, Silvio e José Jesus já estavam presos em decorência de fases anteriores.  

 

Entre os conduzidos coercitivamente na época para interrogatórios estavam Wilson Luiz Soares, Mario Balbino Lemes Junior, Rafael Yamada Torres, o ex-secretário de Fazenda Marcel Souza de Cursi e o ex-vereador Lúdio Cabral. 

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia