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POLÍTICA Quarta-feira, 07 de Julho de 2021, 09:37 - A | A

07 de Julho de 2021, 09h:37 - A | A

POLÍTICA / OPERAÇÃO ROTA FINAL

Justiça bloqueia R$ 2 milhões e acha só R$ 3,8 mil em contas de ex-deputado

Thays Amorim
Da Redação



O juiz do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Bruno D'Oliveira Marques determinou na última semana o bloqueio de 2.037.443,38 das contas do ex-deputado Pedro Satélite e do seu filho, Andrigo Gaspar Wiegert, investigados no âmbito da Operação Rota Final. Entretanto, na última terça-feira (06), a Justiça encontrou apenas R$ 3.815,22 das contas dos acusados.

Na decisão, o magistrado aponta que caso os valores encontrados fossem menores do que 40 salários mínimos (o correspondente a R$ 44 mil), ainda que disponíveis em conta corrente, a quantia não seria objeto do bloqueio. Portanto, os R$ 3,8 mil encontrados nas contas dos acusados não foram bloqueados.

Na mesma decisão, a Justiça acatou o pedido de Dilmar em aceitar um imóvel em Comodoro (a 637 km de Cuiabá), deixando de efetuar o bloqueio de valores, automóveis e outros bens. A fazenda oferecida por Dilmar foi um indício de "boa-fé", de acordo com a defesa do parlamentar. Ao total, o Ministério Público Estadual (MPMT) pediu o bloqueio de R$ 32,4 milhões da conta dos acusados.

Satélite, Andrigo Gaspar e Dilmar são acusados pelo MPMT de participarem de um esquema criminoso para embargar a licitação do transporte intermunicipal, impedindo a concorrência pública. A investigação é fruto da Operação Rota Final, que envolve também o empresário foragido da Verde Transportes Éder Pinheiro, dentre outros nove acusados.

A Operação

Dilmar e o ex-deputado Pedro Satélite foram alvos da Operação Rota Final no dia 14 de maio de 2021. A ação foi organizada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPMT), que denunciou Dilmar e outras 12 pessoas, o deputado teria utilizado uma Comissão Especial do Transporte na ALMT para impedir a concorrência pública e manter o monopólio do transporte, embargando o processo licitatório e oferecendo vantagens a empresários.

O MPMT aponta ainda que o parlamentar teria recebido um total de R$ 975.955,00 em propina entre 2014 e 2018. A quantia teria sido paga pelo empresário Eder Pinheiro, proprietário da Verde Transportes.

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