Claryssa Amorim
(Foto: Reprodução)
O gerente da Proclin, Fábio Alex Taques, teve a liberdade concedida pelo desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, nesta quarta-feira (19). Fábio é gerente da Proclin, alvo da 2ª fase da Sangria e foi preso na operação, deflagrada nessa terça-feira (18).
Segundo as investigações da operação, a fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administradores de empresa e funcionários públicos, em que desviavam dinheiro público da Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.
O magistrado Sakamoto impôs três medidas cautelares, sendo o uso da tornozeleira eletrônica, não ter contato com os envolvidos do esquema e nem comparecer as repartições públicas. Além de estar proibido de à capital.
“Não se verifica, na espécie, indícios concretos de que a liberdade do paciente coloque em risco a ordem pública e a instrução criminal, seja porque não lhe são imputadas as condutas fraudulentas investigadas na operação principal, seja porque não há afirmação de que ele teria participado ativamente da destruição dos documentos”, cita um trecho da decisão.
Fábio é suspeito de ser a peça responsável do esquema em apagar provas que pudessem comprometer as investigações e que, chegou até ameaçar uma servidora. Porém, o desembargador não entendeu como “peça fundamental do esquema criminoso”.
“Constata-se que o paciente não é apontado como um dos autores ou beneficiários dos crimes ‘principais’, quais sejam, as fraudes perpetradas contra o erário e contra o sistema de saúde pública do Estado e dos Municípios. O envolvimento de Fábio teria se limitado a ‘testemunhar’ a destruição das provas na empresa ProClin”, consta em decisão do desembargador.
2ª fase da Sangria
A Polícia Judiciária Civil deflagrou nesta terça-feira (18), a 2ª fase da operação Sangria, onde cumpriu oito mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão.
Entre os alvos estão o ex-secretário de saúde, Huark, três médicos, um gerente de licitação, um coordenador financeiro, parente e funcionários das empresas prestadoras de serviços médicos hospitalares, que são investigados em crimes de obstrução à Justiça praticada por organização criminosa e coação no curso do processo.
A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.
O nome da operação “Sangria” é alusivo a uma modalidade de tratamento médico que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças, que pode ser de diversas maneiras, incluindo o corte de extremidades, o uso de sanguessugas ou a flebotomia.
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