Da Redação
Foto: (Reprodução/Web)

O coronel da Polícia Militar, Evandro Lesco identificou falhas técnicas em sua tornozeleira eletrônica e comunicou ao juiz da 11ª Vara Especializada da Justiça Militar, Murilo Mesquita que advertiu o militar para evitar novas violações no aparelho.
Assim como o coronel, a defesa do cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Ferreira Corrêa Junior também destacou no processo que a tornozeleira eletrônica do militar apresentou ‘problemas técnicos’ entre os dias 29 e 31 de agosto, além dos diversos problemas apresentados durante o período analisado e que culminaram na troca total do equipamento de monitoramento eletrônico por iniciativa da empresa gestora.
Lesco é um dos militares envolvidos no esquema de grampos ilegais ocorridos no Estado, conhecido como “Grampolândia Pantaneira”, que interceptou políticos, jornalistas e advogados entre 2014 e 2017.
O esquema veio à tona no dia 11 de maio com repercussão nacional, causando a prisão de militares, políticos e do ex-chefe da Casa Civil. As interceptações ocorreram em uma manobra denominada “barriga de aluguel”, onde é pedido à Justiça autorização para interceptar os telefones de pessoas que não são investigadas, nesse caso, junto com os de integrantes da quadrilha de tráfico de drogas.
Lesco foi solto no dia 9 de fevereiro deste ano, tendo a prisão revertida por medidas cautelares com uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar entre 20h e 6h durante a semana, de forma integral aos finais de semana e feriados e não poderia frequentar bares e casas de shows, além de, claro, não poder ingerir bebidas alcoólicas.
O coronel, ao verificar que o equipamento estaria com problemas técnicos como a ‘bateria baixa’, comunicou ao juiz e solicitou providências para que os erros fossem solucionados. A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, ao receber a informação, corrigiu a falha e identificou outras violações cometidas pelo coronel.
Ao saber do ocorrido, o juiz acolheu a justificativa do militar por considerar que ele antecipou e comunicou o problema ocorrido. No entanto, advertiu ao réu que caso haja novas violações, ele poderá ser punido.
“Com efeito, tendo em vista que o réu se antecipou e comunicou o problema na recarga da bateria da tornozeleira eletrônica, protocolando pedido de providências, inclusive, em sede de plantão judiciário, acolho a justificativa apresentada pela defesa do acusado, pois, conforme apontado no ofício de fl. 27, o fundamento é idôneo para justificar a falta [...] Outrossim, cientifique-se o réu acerca da necessidade do estrito cumprimento das medidas cautelares impostas, advertindo-o para que as violações registradas no relatório de fls. 28/31 não mais ocorram”, diz trecho da decisão.
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