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POLÍTICA Quinta-feira, 16 de Novembro de 2017, 17:20 - A | A

16 de Novembro de 2017, 17h:20 - A | A

POLÍTICA / EM ENTREVISTA

Medeiros fala sobre desgaste de Taques e que cresce descontentes com seu governo

Da Redação



(Foto: Reprodução/Web)

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Depois de assumir vaga no Senado da República, deixada por Pedro Taques (PSDB), com a disputa vitoriosa do tucano pelo comando do Palácio Paiaguás, o senador José Medeiros (Pode), afirmou nesta quinta-feira (16), durante entrevista à Rádio Capital FM 101,9 que – pelo andar da carruagem -, que está muito fácil ser oposição a Taques, pois é só reunir os descontentes com o seu governo.

 

José Medeiros depois de se afastar da função de policial rodoviário federal, tomou posse no Senado; na época, Medeiros se juntou a Blairo Maggi e a Wellington Fagundes, que tomaram posse em 1º de fevereiro.

 

Na avaliação do senador, a atual administração do Estado vem sofrendo duras críticas com relação aos investimentos na Saúde, assim como com a falta de repasses para os setores mais críticos. Mas mesmo vendo facilidade da oposição de se contrapor à reeleição de Taques, Medeiros garante que não está fazendo oposição ao governador.

 

Mas, contraditoriamente, o senador afirmou em seguida que a sua decisão de tentar a reeleição em outro grupo, só se deu depois de fechadas todas as possibilidades de assegurá-la no grupo do tucano, prova disto que migrou para o Podemos.

 

"Não estou construindo meu projeto em cima dos problemas do Taques. No entanto, todos nós sabemos que hoje não é difícil reunir descontentes com o governador. Inclusive, por causa dos problemas do governo, o candidato de oposição está morrendo de rir”, afirmou.

 

Para o parlamentar, Taques esperava superar até o mês de outubro todos os problemas para começar a construir o novo projeto de reeleição. No entanto, além dos problemas dos investimentos na Saúde, transporte escolar, Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Fundo de Transporte e Habitação (Fethab), colocando uma ‘pá de cal’ nesta possibilidade.

 

"Os desafios que Pedro tem que enfrentar, e nessa época eu ainda estava no grupo, era até setembro e outubro. E a partir de outubro, ele teria apenas as dificuldades naturais para as pessoas começarem a montar os projetos”, avaliou.

 

Alvo de crítica

 

Na semana passada, Medeiros foi alvo de crítica do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em palestra realizada em Cuiabá, Janot afirmou durante o 2º Congresso Nacional dos Auditores de Controle Externo, no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), que existiriam no Congresso Nacional alguns senadores que chegaram a Brasília sem nenhum voto.

 

'Nós temos alguns senadores da República ocupando uma cadeira no Senado sem ter tido nenhum voto. Zero. O sujeito era suplente daquele que fez a campanha, aí o dono da cadeira é chamado para ocupar um ministério e o suplente assume a cadeira sem nenhuma representatividade. Ninguém nem sabia quem era a pessoa. Então qual é a legitimidade desta pessoa', afirmou.

 

De acordo com Medeiros, o ex-procurador Rodrigo Janot ao disparar as críticas contra os suplentes, no caso dele e de Cidinho Santos (que substituiu Maggi, após Blairo assumir o Ministério da Agricultura), se achou na condição de julgar o Legislativo, a Câmara Federal e o Senado brasileiro, como se fosse dono da verdade. 

 

'Janot se acha o incorruptível, o santo, o imaculado, o dono de toda a legitimidade! Sou filho, senhor Janot de um homem analfabeto, humilde, mas honrado!  Eu não precisei pegar nada de ninguém! Então não me venha com esta história de honestidade, pois não serve como pedestal ou trampolim, pois isto é obrigação! Então não adianta vir com esta cara fechada, de vestal prá cima de mim. Então me respeite! Pois legitimidade, representatividade, tem muito de caráter, coisa que o senhor demonstrou não ter!', finalizou.

 

Mas nesta quinta, o senador do Podemos, mesmo garantindo estar longe de se posicionar contra Taques, ainda que tenha disparado contra o governador, ao revelar sobre a facilidade que ele [Medeiros] vê da oposição confrontar o gestor tucano na disputa pela reeleição, parece ter esquecido que a Senatória lhe ‘caiu no colo’, depois que Taques, em 2014, ganhou as eleições para a Governadoria do Estado.

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