Luana Valentim
(Foto: Reprodução/Web)
O ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), candidato ao governo, declarou em entrevista ao MTTV, da TV Centro América, que protocolou na última quinta-feira (6), o pedido para sair da recuperação judicial por já ter completado dois anos e por estar honrando o que ficou acordado com os fornecedores.
Após cumprir à risca os pagamentos com seus credores, o Grupo Bipar – pertencente a Mendes - requisitou o encerramento da recuperação judicial. O requerimento foi protocolado no dia 3 de setembro e aguarda a decisão da juíza da 1ª Vara Cível de Cuiabá Anglisey Oliveira.
“A recuperação judicial começou há três anos e o plano foi homologado há cerca de dois anos. Nesse período, a minha empresa pagou contas e quitou fornecedores. Agora em setembro, que completamos dois anos da medida, já poderemos sair da recuperação judicial. Conseguimos dar a volta por cima, graças a Deus e graças a muito trabalho feito pela nossa equipe. Trabalhamos muito e conseguimos nos recuperar”, declarou.
A recuperação judicial do Grupo Bimetal foi autorizada em 2015, ocasião em que as empresas acumulavam cerca de R$ 126 milhões em dívidas, mas o plano para a repactuação dos débitos foi homologado em 2016.
Mendes explicou que a recuperação judicial não significa “quebra” ou “falência”, mas tão somente um instrumento garantido em lei para proteger a função social das empresas e, principalmente, o emprego dos trabalhadores.
“Eu fui e sou um bom administrador privado e bom administrador público pela cidade de Cuiabá”, afirmou.
No pedido à Justiça, o grupo Bipar relatou que há dois anos vem cumprindo rigorosamente com o pagamento das dívidas previstas no acordo. Até o momento, 44% dos débitos já foram quitados. Consta no requerimento que, de acordo com a legislação, quando a empresa/grupo cumpre as obrigações que venceram em até dois anos, passa a ter direito de sair da recuperação judicial.
Ao ser questionado sobre ter o deputado estadual Mauro Savi (DEM) – que é investigado por suposta participação no esquema que desviou R$ 30 milhões do Detran – como candidato a reeleição, Mendes esclareceu que votou contra, porém a maioria decidiu por deixa-lo disputar as eleições pelo partido. E entende que o parlamentar terá o direito de se defender perante a Justiça, uma vez que ele ainda não foi condenado.
Mendes ainda destaca que este fato não atinge o seu caráter, pois não há nada que manche a sua reputação enquanto prefeito de Cuiabá. “Agora se for olhar por esse lado, nenhum partido político no Brasil está imune de ter pessoas que respondam processo hoje”.
Sobre as obras prometidas para a Copa do Mundo de 2014, que eram de responsabilidade da Engeglobal - empresa envolvida em casos de corrupção e pertence ao pai do apoiador de sua candidatura e presidente regional do DEM, Fábio Garcia -, Mendes disse que a lei existe e será cumprida, pois ela é para todos. E que essas obras que estão paradas terão o mesmo vigor das outras 400 que há no Estado.
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