Gabriel Rodrigues
Única News
A morte do agente do Socioeducativo, Alexandre Miyagawa, de 41 anos, registrada no dia 1 de julho, com disparos pelas costas, efetuados pelo vereador por Cuiabá, Marcos Paccola (Republicanos), completa 1 mês nesta segunda-feira.
No entanto, até o momento não foi efetuada nenhuma prisão, e o parlamentar segue com todos os seus direitos políticos ativos.
A vereadora Edna Sampaio (PT) protocolou o pedido de afastamento e a cassação do mandato de Paccola. No documento, a petista justifica que houve quebra de decoro parlamentar, conduta incompatível com a dignidade do cargo de agente político, homicídio doloso qualificado.
No último dia 25 de junho, o presidente Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), Chico 2000 (PL), destacou que deve ler parecer sobre o caso após o recesso parlamentar.
"Acabamos de receber o inquérito, através dessa Casa, queremos reiniciar a análise, inclusive reconsiderando esses novos documentos que chegaram e quero fazer a leitura desse parecer na primeira sessão ordinária após a volta do recesso, conforme foi o pedido do vereador Sargento Vidal e assim aprovado no Plenário", disse Chico.
A Câmara volta aos trabalhos nesta terça-feira (2).
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), defende que o crime foi cometido mediante utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por motivo torpe.
Desta forma, os promotores de Justiça argumentaram que Paccola agiu com desejo de promover sua imagem, na ânsia de combater um suposto ato agressivo de Alexandre contra sua namorada, Janaina Sá.
“No afã de projetar sua imagem como sendo de alguém que elimina a vida de supostos malfeitores e revela coragem e destemor no combate a supostos agressores de mulheres”, diz trecho do argumento.
Inquérito
As investigações iniciaram logo após os fatos, sendo a equipe da DHPP acionada para atender a ocorrência, encontrando a vítima caída no meio da rua, já sem vida, tendo como autor dos disparos um tenente-coronel da Polícia Militar.
Diligências preliminares foram realizadas no local dos fatos, sendo realizadas perícias e levantamentos, seguida de depoimentos de testemunhas e do interrogatório do militar o qual se apresentou espontaneamente na DHPP.
Após análise das provas testemunhais e fatos registrados pelas câmeras de segurança, foi possível verificar alguns elementos importantes para elucidação do ocorrido, como o fato da vítima não ter esboçado qualquer reação e a namorada da vítima em nenhum momento ter pedido ajuda a terceiros.
Diante do conjunto probatório, a Autoridade Policial, ao concluir o inquérito, realizou o indiciamento do tenente-coronel da Polícia Militar e vereador de Cuiabá pelo crime de homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
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