Thays Amorim
Única News
O empresário Marcelo Cestari, pai da adolescente B.O.C, de 16 anos, está disputando a presidência do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), com a chapa protocolada na última sexta-feira (11). B.O.C é apontada como a responsável pela morte, com um tiro no rosto, de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, em julho de 2020.
“É chegada a hora de realizarmos a mudança que tanto esperávamos. Cabe a nós essa mudança! E hora de sermos respeitados e materializarmos a valorização do profissional técnico industrial brasileiro”, afirmou, em suas redes sociais.
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Marcelo é empresário no ramo de telecomunicações e esteve em evidência devido à morte de Isabele. O pai da menor chegou a ser denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelos crimes de homicídio culposo, corrupção de menor, porte ilegal de arma, fraude processual e entregar arma para menor de idade.
Contudo, em agosto do ano passado, o juiz Murilo Moura Mesquita, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido e afastou a possibilidade de serem julgados por homicídio culposo.
Logo após o crime, o Exército Brasileiro cassou permanentemente a Certidão de Registro que dava direito à posse de arma e prática de tiro esportivo a Marcelo. A menor praticava tiro esportivo e tinha livre acesso a armas na residência do empresário, no condomínio Alphaville, em Cuiabá.
O caso
Isabele foi morta na noite de 12 de julho, na casa da amiga B.O.C., hoje com 15 anos, com um tiro que transfixou sua cabeça, entrando pelo nariz e saindo na nuca. A menina tinha passado o dia todo na casa da família Cestari, com a amiga, os pais dela e seus irmãos e os namorados de duas delas. A adolescente morreu por volta das 22h.
B. alegou tiro acidental, apontando que tinha ido atrás de Isabele em um banheiro, com um case contendo duas armas nas mãos. O case teria caído e, ao se levantar, ela perdeu o equilíbrio e atirou sem querer na amiga.
No entanto, a Polícia Civil descartou essa versão e a menor vai responder por crime análogo à homicídio doloso – quando há intenção de matar.
Além do enquadramento de B.O.C. em crime análogo a homicídio doloso, também foram incriminados: os pais dela, Marcelo Cestari e Gaby Soares, por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a menor de idade, fraude processual e corrupção de menores; o sogro dela, Glauco Correa da Costa, por omissão de cautela na guarda de arma de fogo; e o ex-namorado dela, o menor G.C.C., por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo, porque transitou armado, sem autorização.
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