Da Redação
(Foto: Reprodução/Web)
O desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, decretou uma nova prisão do cabo da Polícia Militar, Gérson Junior, acusado de obstrução a Justiça ao recolher o equipamento do sistema “Sentinela”, utilizado para a prática de grampos ilegais no Estado. O pedido foi feito pela delegada responsável pelas investigações, Ana Cristina Feldner.
Gerson já está detido por envolvimento no esquema de grampos clandestinos supostamente instalado pelo alto escalação da PM.
O cabo é apontado como operador do esquema que monitorou de forma irregular pessoas públicas como deputados, empresários, pessoas ligadas ao Poder Público, entre advogados e jornalistas. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
O cabo Gerson Corrêa está preso desde o dia 23 de maio, por decisão do juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Criminal Especializada em Crimes Militares de Cuiabá, na mesma ocasião em que o coronel e ex-comandante da Polícia Militar Zaqueu Barbosa também foi preso por envolvimento nos grampos ilegais.
Em depoimento prestado à juíza Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, em 14 de agosto deste ano, o cabo garantiu que nunca atuou em crimes de “barriga de aluguel”.
Operação Esdras
A Polícia Civil cumpriu no último dia 27, nove mandados de prisão e outros 15 de busca e apreensão na Operação Esdras, que investiga envolvidos no esquema dos grampos ilegais.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Benedito Siqueira, o ex secretário-chefe da Casa Militar do Estado, coronel Evandro Lesco e o ex secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques foram alvos de mandados de prisão.
Além deles foram presos o ex-secretário de Estado de Segurança, Rogers Jarbas, o 2° sargento João Ricardo Soler e José Marilson da Silva, proprietário da empresa que desenvolveu o sistema de monitoramento clandestino, comandado pela PM.
As prisões foram solicitadas pela delegada Ana Cristina Feldner e Flávio Stringueta responsáveis pelas investigações dos grampos. Elas foram decretadas pelo desembargador Orlando Perri, que é relator do caso dos grampos no TJ.
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