Aline Almeida
Única News
A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito para investigar a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT), apontada como uma das organizadoras das caravanas para os atos golpistas do dia 8 de janeiro. A representação pela abertura de inquérito se baseia no depoimento revelado pelo UOL.
Em reportagem divulgada pelo portal no dia 16 de março, um depoimento de uma das participantes dos atos golpistas no dia 8 de janeiro em Brasília revelou que a coronel "patrocinou" os atos. Gizela Cristina Bohrer, 60 anos, é aposentada e residente em Barra do Garças (MT) relatou a Polícia Federal que a deputada federal bolsonarista, Coronel Fernanda (PL) foi uma das organizadoras da caravana que saiu de Mato Grosso para a capital federal.
De acordo com o colunista Aguirre Talento, Gizela apontou a deputada federal e dois candidatos a deputado estadual no ano passado: Analady Carneiro da Silva e Rafael Yonekubo, ambos do PTB. Procurado pela reportagem do Uol, os três negaram participação.
A depoente disse que chegou ao Distrito Federal na véspera do ataque à sede dos Três Poderes. Ela disse ter embarcado em um ônibus gratuito, bancado pelos três políticos. "Os três coordenam grupos de WhatsApp e organizam caravanas para Brasília já há dois anos; que tais caravanas tinham por objetivo o apoio ao então Presidente Bolsonaro, tais como fizeram por ocasião dos desfiles de 7 de setembro e 15 de novembro de 2021 e 2022", diz trecho do depoimento publicado na reportagem.
Gizela contou ainda que além da viagem, toda a alimentação foi gratuita. Além de citar os nomes, Gizela apresentou os números telefônicos da deputada e dos outros dois candidatos, que usam até hoje o número.
Ao UOL, coronel Fernanda negou as acusações e afirmou que organizou apenas as caranas para o 7 de setembro em anos anteriores. "Não tenho participação e nem sei quem é essa pessoa que está falando", disse Fernanda.
Rafael Yonekubo e Analady Carneiro também negaram serem os organizadores do ônibus que Gizela estava. "Não fui nem organizei nada. Era meu casamento no dia 7 (de janeiro) e como eu já era alvo do ministro Alexandre de Moraes, eu não mexi com mais nada", afirmou Yonekubo. Analady disse que havia viajado para Brasília em dezembro, mas que não participou das organizações para o 8 de janeiro. "Ela se confundiu", disse.
A aposentada confirmou no depoimento que entrou no Congresso e queria apenas filmar a depredação. Ela disse ainda que o quebra-quebra foi feito por "bandidos infiltrados".
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