Claryssa Amorim e Euziany Teodoro
Única News
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), informou nesta quarta-feira (29), que o funcionamento de bares e restaurantes da capital será reajustado nos próximos dias. Pinheiro assinou um novo decreto municipal na última segunda-feira (27), liberando a reabertura das 11h às 21h.
Segundo o prefeito, o setor de bares e restaurantes está “sufocado” e sendo prejudicado no período de pandemia da Covid-19. Ele explica que a quarentena na Capital, em que foi obrigado a fechar todo o comércio, acabou gerando grande desemprego.
“Temos que entender que essa é uma medida temporária e é difícil tomar uma que não afete um ou outro. Mas, para compensar, o primeiro setor a ser avaliado será o de bares e restaurantes. Aí, faremos possíveis ajustes já na próxima semana. Na segunda-feira teremos uma avaliação”, disse o prefeito em entrevista à rádio Mega FM.
Representantes do setor alegam que o período noturno, quando é servido o jantar, ficou muito “curto” ao fechar as portas às 21h, prejudicando as contas.
“Fizemos isso por conta do toque de recolher, às 22h, da necessidade de se conter um pouco a vida noturna cuiabana, mas como entendemos que esse setor é penalizado e restaurante não é tão agressivo, vai ser o primeiro setor a ser reavaliado, na próxima semana. Vai depender do comportamento da covid-19, do monitoramento do setor, para ver se vamos proceder com ajustes ou não”, explicou o prefeito.
“O grande vilão foi o ocorrido na Praça Popular. Aquele é o símbolo do que não se deve fazer."
Pinheiro ressalta que o comércio foi liberado por decreto na última sexta-feira (24) do Governo do Estado, mas a doença não acabou. Ele citou o exemplo de um bar na Praça Popular, na Capital, que ficou lotado no último final de semana. Para ele, um símbolo de irresponsabilidade.
“O grande vilão foi o ocorrido na Praça Popular. Aquele é o símbolo do que não se deve fazer. É o símbolo da irresponsabilidade. Você não pode agir daquela forma, acaba sendo foco propagador do vírus com uma intensidade muito grande. Já está provado que o problema não é o trabalho. É o lazer, a descontração. Se cada um fizesse a sua parte e promovesse o enfrentamento à covid, dentro das normas, não precisaria de decreto, não precisaria de fiscalização, mas infelizmente vemos que não é bem assim”, criticou.
Ele diz que os comércios têm que respeitar as medidas restritivas e não ser negligentes, pois não tem como baixar um decreto para cada bar e restaurante. Pinheiro diz que, se houvesse comportamento geral de “responsabilidade”, não precisaria de assinar um decreto municipal impondo restrições a bares e restaurantes da Capital.
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