18 de Março de 2025
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POLÍTICA Segunda-feira, 29 de Março de 2021, 14:09 - A | A

29 de Março de 2021, 14h:09 - A | A

POLÍTICA / MEDIDA EXTREMA

Prefeitos buscam orientações para evitar adoção de ‘lockdown’

Euziany Teodoro
Única News



Os prefeitos de Mato Grosso têm buscado orientação junto à Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) sobre medidas mais restritivas e eficazes no combate à propagação do novo coronavírus nos municípios, a fim de evitar a medida extrema, que é o "lockdown" previsto em decreto estadual. Após a edição do Decreto do Governo do Estado, na última quinta-feira (25), o presidente da AMM, Neurilan Fraga, já falou com mais de 100 prefeitos sobre o assunto. De forma unânime, os gestores municipais são contra a adoção do fechamento total.

Fraga explica que, por conta disso, é que está discutindo com os gestores a implementação de outras ações, com o objetivo de evitar que os municípios façam a quarentena com o fechamento de atividades econômicas.

Na sua opinião, os prefeitos não precisam adotar o ‘lockdown’ propriamente dito, com o fechamento. Mas podem executar ações pontuais como, a proibição da venda de bebidas alcoólicas em qualquer estabelecimento comercial nesses próximos 15 dias. “No entanto, sabemos que tem prefeito que, não tem outra alternativa a ser adotar a quarentena de imediato, como Cáceres, que enfrenta uma situação extremamente delicada, com as suas unidades de saúde colapsadas e com um grande número de contaminados e de óbitos”, exemplificou.

O presidente da AMM chama a atenção para o fato de que as pessoas compram bebidas e fazem festas, seja em casa, nas chácaras, beira de rios e outros lugares. Ele recomenda aos gestores que o ideal, agora, seria proibir a realização de festas de qualquer natureza, mesmo que seja familiar. Segundo ele, terminam se aglomerando, pessoas que vivem em bairros diferentes, trabalham e convivem com outras pessoas fora do ciclo da familiar.

Fraga defende, para que essas medidas surtam resultados, torna imperiosa uma fiscalização ostensiva, envolvendo as polícias militares e civil, polícia rodoviária federal e as forças armadas através das suas unidades com sede no estado, Procon estadual e municipal juntos com a vigilância sanitária dos municípios.

Ele alerta que nesse momento é preciso frear o crescimento assustador do número de pessoas contaminadas e de óbitos, além da alta taxa de ocupações dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva. “Hoje temos um fila de quase 200 pessoas, aguardando por um leito de UTI, ou mesmo leito de enfermaria. Diariamente, são registrados casos de pessoas que estão morrendo por falta de um atendimento adequado, provocado pelo colapso da rede hospitalar” disse.

A população, de uma forma em geral, e principalmente os empresários que pressionam os prefeitos para não fecharem o comércio e outras atividades, exceto as essências, nesse momento, devem fazer um esforço em conjunto com o poder público local, no sentido de conscientizar ou até mesmo ajudar a fiscalizar e fazer valer as medidas de biossegurança, pela população.

Ele frisa também que o exemplo tem que vir de casa, inclusive na orientação dos colaboradores e familiares. “Se vocês não querem que seja adotado o ‘lockdown’, então ajude o seu município a não entrar ou permanecer na tabela de classificação de risco muito alto, pois se assim persistir, será inevitável” alertou.

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