Da Redação
(Foto: AL-MT)
A retomada das obras do novo Hospital Universitário Júlio Müller foi acordada nesta terça-feira (27), em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa. Coordenado pelo deputado estadual tucano, Guilherme Maluf, o Legislatovo estadual deverá agora mediar esse debate, inclusive as alternativas para seu reinício junto ao governo do Estado.
Os trabalhos de construção do hospital estão parados desde setembro de 2014. As razões para a demora na retomada das obras dividem representantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e da Secretaria Estadual das Cidades (Secid). A discordância entre as duas partes do convênio firmado para realização do empreendimento ficou evidente na audiência pública.
O vice-reitor da UFMT, Evandro Aparecido da Silva, afirma que a Universidade já cumpriu com suas obrigações. “O que falta é a contrapartida do [governo do] estado em relação ao aporte de 60 milhões conveniado em 2011. Falta também cumprir o que foi decidido em 2016 que era fazer a licitação para as obras iniciarem imediatamente”, critica.
Já o presidente da comissão das obras do Hospital Júlio Müller e engenheiro da Secid, Adelmo Daniel de Barros, afirma que há falhas nos projetos apresentados pela UFMT. “Não há como tocar a obra sem saber de onde vai vir a água para o hospital e para onde vai o esgoto produzido”, justifica. Segundo ele, são fortes os indícios de que os projetos estão incompletos. Adelmo lembrou também que o Corpo de Bombeiros e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não aprovaram os desenhos.
A construção do hospital foi apontada entre os participantes da audiência como a obra mais importante para os mato-grossenses hoje, uma vez vai oferecer 250 leitos, 23 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), 16 UTIs pediátricas, 20 UTIs neonatal, seis salas de cirurgia, laboratórios e farmácia.
Propostas
Como solução para o impasse, Adelmo Daniel de Barros acredita na contratação de uma empresa para corrigir os projetos das obras e também ficar responsável pela supervisão da construção. “A empresa autora do projeto tem que estar no canteiro de obras”, defende. O vice-reitor da UFMT, Evandro Aparecido da Silva, argumenta que é o Executivo estadual quem deve arcar com essas despesas.
O deputado estadual Guilherme Maluf aposta num esforço conjunto para viabilizar recursos e assim possibilitar o reinício dos trabalhos de construção do hospital universitário.
“Vamos buscar cerca de 6 a 7 milhões de reais para contratação desses projetos e a Reitoria concorda que a gente dê esse primeiro passo”. Uma reunião com o governador Pedro Taques e com o presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho, será marcada para a próxima semana para discutir formas de levantar essa verba. Depois desse trabalho, o valor da obra deve ser atualizado e será possível dar os encaminhamentos para a retomada da construção do hospital.
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