Diego Frederici / Única News
(Foto: Thiago Bergamasco)

As eleições municipais de 2016 em Cuiabá tem sido uma das mais disputas dos últimos anos. Três candidatos chegam às portas do pleito com chances de irem ao segundo turno - considerando que o próximo prefeito da capital não será escolhido já no próximo domingo (02).
Entretanto, para o cientista político e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), João Edisom de Souza, a "fórmula da democracia no Brasil", como ele aponta, é "ineficiente e faz com que as pessoas deixem de gostar dala".
Edisom classifica o período de campanha eleitoral no Brasil como "excessivamente curto" e critica as retrições de financiamento impostas aos políticos. Para ele, esse dinheiro poderia movimentar a economia, incluindo até a volta dos chamados "showmícios" - eventos proibidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2006 onde candidatos contratavam artistas populares para apresentações e aproveitavam a ocasião para pedir votos.
"A primeira questão é que a eleição brasileira ficou excessivamente curta. Com esse tempo não dá para conhecer os candidatos, nem julgar os processos. De um modo geral a fórmula da democria é ineficiente, tinha que liberar comício, serigrafia, brinde etc", disse ele
Edisom disse que o pouco tempo de campanha, incluindo o espaço reduzido a certos candidatos no horário eleitoral, favorece a atuação de "políticos profissionais", que pelo fato de sempre disputarem as eleições ligadas a Cuiabá acabam sendo mais conhecidos, como é o caso do pleito da capital.
"Emanuel Pinheiro, Wilson Santos e o Procurador Mauro são políticos conhecidos do eleitorado cuiabano. Serys já foi senadora e deputada estadual, mas ela é mais conhecida em nível estadual. O eleitor vai votar em quem ele conhece", analisou.
Sobre o modelo ideal do processo eleitoral, o docente da UFMT aponta que as eleições norte-americanas são um modelo a ser seguido pelos outros países - incluindo o Brasil.
"Eu defendo o que ocorre nos Estados Unidos. Lá, são dez meses e 25 dias. Com esse tempo os caras já tiraram até o 'escalpe' dos candidatos. Os processos contra eles já foram todos julgados, lá não tem esse problema do candidato ganhar e não levar".
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3