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POLÍTICA Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2018, 14:01 - A | A

15 de Fevereiro de 2018, 14h:01 - A | A

POLÍTICA / CPI DO PALETÓ

Silvio deve revelar mensalinho de Pinheiro e desmentir gravação de Zanata

Da Redação



Reprodução

silvio correa

 

O ex-chefe de gabinete do ex-governador, Silval Barbosa, Sílvio Cézar, prestará depoimento nesta quinta (16), na CPI do Paletó, na Câmara dos Vereadores. Esta é considerada a primeira oitiva já que o servidor da Assembleia Legislativa, Valdecir Cardoso, não compareceu na audiência do último dia 7. 

 

A primeira oitiva foi marcada por trocas de insultos e muitas discussões entre os parlamentares de oposição contra Adevair Cabral (PSDB), responsável pela relatoria da Comissão Parlamentar, ainda que seja da base de apoio, na Câmara, do prefeito emedebista, Emanuel Pinheiro. 

 

As discussões acirraram porque Valdecir, responsável pela instalação da câmera que flagrou deputados estaduais recebendo e cobrando suposta propina do ex-chefe de gabinete, não compareceu. O ofício com a explicação que estaria em viagem com a família, teria ido parar no gabinete de Adevair e não do presidente da Comissão, vereador Marcelo Bussiki (PSB), como diz regimento interno.

 

Um dos depoimentos mais esperado é do ex-gestor estadual, Silval Barbosa, que nas últimas semanas confirmou que irá responder a todos os questionamentos já prestados na delação premiada, homologada em agosto de 2017, pelo ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF).  

 

A CPI foi aberta contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), à época deputado estadual, que aparece recebendo maços de dinheiro, chegando a esconder parte dele no bolso do paletó - origem que deu nome à investigação. 

 

Em sua delação premiada, Silval afirmou que os valores seriam referentes a um mensalinho, pagos a deputados para que não fossem contrárias as contas de governo e que não fiscalizassem as obras que estavam sendo realizadas para a Copa do Mundo de 2014.  

 

A CPI é formada pelos vereadores Marcelo Bussiki (PSB), Adevair Cabral (PSDB) e Mário Nadaf (PV), que ocupam os cargos de presidente, relator e membro da comissão, respectivamente. Eles apuram se Emanuel Pinheiro cometeu quebra de decoro e obstrução da Justiça. Ao todo, os membros terão 120 dias para encerrarem as investigações.

 

PF aponta que perícia contratada por Emanuel editou áudio apreendido em operação 

 

Um relatório da Polícia Federal apontou erros de transcrição e de sentido na perícia contratada pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), para analisar o áudio da conversa mantida entre o ex-secretário de Estado de Indústria, Alan Zanata, e o ex-assessor do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Araújo.

 

O áudio da conversa e a perícia contratada pelo prefeito foram apreendidos em setembro do ano passado com a deflagração da operação Malebolge e teve como alvo de busca e apreensão a casa do prefeito da capital.

  

Na conversa, gravada por Alan e entregue a Emanuel, o ex-secretário e o ex-assessor comentam sobre a gravação feita por Sílvio em que deputados e ex-deputados, incluindo Emanuel, aparecem recebendo maços de dinheiro no Palácio Paiaguás, supostamente a título de propina para apoiar a gestão de Silval.

 

De acordo com a PF, o parecer técnico de transcrição de áudio - elaborado pelo perito Alexandre G. Perez – contém vários pontos com possíveis erros de transcrição, “a maioria sem mudança contextual importante (o que indica que se trata de meros equívocos ou erros materiais na transcrição)”. 

 

“Alguns trechos, no entanto, da forma que foram transcritos - não correspondendo exatamente com as palavras proferidas por Silvio - implicam razoável mudança de significado/sentido”. O advogado Andre Stumpf, que faz a defesa de Emanuel Pinheiro, afirmou que o relatório da PF não passa de uma "análise pífia" que não possui amparo nos fatos. 

 

"Tentativa intempestiva de desconstituir uma prova que deverá ser analisada pelo juiz da causa, não sendo o relatório da PF instrumento hábil para qualificar a prova, mesmo porque a fase de investigação deverá ser ratificada toda ela em Juízo, conforme norma processual pena".

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