Por Suelen Alencar/ Única News
(Foto:Ulisses Lalio)

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o desembargador Rui Ramos Ribeiro disse que já solicitou, por meio de ofício, que juizes informem a lista de monitoramentos telefônicos que pediram ou receberam, desde 2014.
“Fiz um ofício para cada juiz pedindo que informem, no período de 2014 até hoje, quantos monitoramentos telefônicos pediram ou receberam[...] É o único modo de descobrir”, informou.
A confirmação da ação do TJ, veio nessa manhã após reunião com deputados de oposição, na manhã desta terça-feira (16), na Procuradoria Geral de Justiça. Esteve presente também o procurador Mauro Curvo e o coordenador do Gaeco, Marcos Bulhoes. A deputada Janaina Riva (PMDB), alvo das escutas ilegais, disse ao desembargador Rui Ramos, acreditar ter outros casos como o dela no Estado de Mato Grosso.
"Analisei a situação dos grampos ilegais da qual fui vítima. Acredito que existam vários outros processos com o mesmo modus operandi da qual fui vítima, outros procedimentos no estado com barriga de aluguel.Por isso decidi procurar o Presidente do TJ, desembargador Rui Ramos, para sugerir a determinação de uma correição em todas as varas criminais no estado nos processos e inquéritos policiais que haja deferimento de quebra de sigilo telefônico e determinação de interceptações. Somente assim o Judiciário poderá aferir a existência de licitude nos procedimentos e cessar ilegalidades", explicou a parlamentar.
A denúncia recebida por Zaque teria sido levada ao governador que a encaminhou ao Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado-. no mesmo mês de outubro de 2015. Porém, o Gaeco acabou fazendo a Promoção do Arquivamento das investigações, sob a argumentação de insuficiência de evidências do denunciado. O caso então está foi levado à apreciação da Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot, que aponta o esquema tenha partido de dentro do Palácio Paiaguás para flagrar adversários do governo.
(Foto: reprodução)

De acordo com Rui, o caso da deputada não deve ser uma caso isolado, por isso será reliazado uma busca em todas as comarcas. Além disso, o desembargador acredita que essa situação - denúncia de grampos ilegais -, já fez um 'estrago' e disse a deputada que novos casos devem servir para identificar quem são os culpados.
“O caso das denúncias já fez um estrago pontual sem tamanho, afirmou Ramos.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso informou que o procedimento investigatório segue sob sigilo, o que impossibilita a divulgação de mais informações. Na reportagem exibida pelo Fantástico, o desembargador afirmou que não foi atribuição de magistrado.
“Se houve alguma fraude, não foi atribuição de nenhum magistrado. Isso veio de fonte própria, da fonte competente que normalmente é do Ministério Público ou preparado pelas autoridades policiais”, disse o presidente do TJ.
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