Wellyngton Souza
(Foto: Reprodução)
O advogado de João Arcanjo Ribeiro, Zaid Arbid, disse em entrevista ao Cadeia Neles, exibido pela TV Vila Real, nesta terça (6), que o ex-bicheiro não demonstra nenhum sentimento de magoa por alguém do passado e pelas mais de 30 ações penais em que responde na Justiça nas esferas estaduais e federais.
A defesa de João Arcanjo, que saiu na última segunda (26), ao progredir para o regime semiaberto após quase 15 anos atrás das grades, disse ainda que hoje, Arcanjo permanece uma pessoa espiritual e religiosa.
"O propósito de vida dele é estar bem. Não vejo rancor. Até porque nenhum de nós consegue ter uma vida 100% correta. Ele foi condenado injustamente. Os processos não informam provas e nem isso mesmo leva ele a qualquer rebeldia. Arcanjo é um homem preparado e conformado para o bem", declarou.
O ex-bicheiro tem um total de R$ 200 a R$ 250 milhões para receber de empréstimos feitos a políticos e empresários em Mato Grosso. Zaid afirmou que o ex-bicheiro não vai perdoar nenhuma dívida. "As pessoas podem procurá-lo e o pagar voluntariamente. Agora, se não pagar, o direito dele é de cobrar. Não é questão de perdoar. Nós não estamos no paraíso. No paraíso, é que você aplica o pai nosso: você vai perdoar as dívidas e as ofensas. Mas estamos na Terra e tudo na Terra tem que receber para poder pagar", diz.
Sobre uma possível delação premiada de João Arcanjo, a defesa descartou essa possibilidade, já que todos os empréstimos concedidos foram todos de forma ilícita. "Ele nunca procedeu financiando o ilícito. Então, não teria qualquer delação a fazer porque nunca empreendeu em prejuízo da sociedade. Ele jamais cogitou qualquer acordo porque nunca participou de nenhuma ação e de nenhum grupo criminoso", relatou.
João Arcanjo Ribeiro foi recebido com festa por familiares em sua residência quando deixou a Penitenciária Central do Estado. Antes de chegar na residência no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, o ex-bicheiro passou por uma audiência de custódia para ser informado sobre as medidas cautelares.
O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, decretou uma série de exigências que Arcanjo deve cumprir durante regime semiaberto. Arcanjo teve a concessão para o regime semiaberto aprovada no último dia 19.
Ficou determinado que o ex-bicheiro só poderá deixar sua casa dentro de sete dias para trabalhar ou procurar emprego. Além disso, deve manter atualizada suas atividades e foi submetido ao uso de tornezeleira eletrônica.
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