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O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional do ex-presidente Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, afirmou nesta terça-feira (26), em depoimento à Comissão Parlamentar Misto de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, que não houve tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Quando questionado pela relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), o general Heleno defendeu que seria necessária uma estrutura muito robusta para dar um golpe em um país de dimensões como as do Brasil.
“Não houve golpe. Para caracterizar uma tentativa de golpe em um país de 8,5 milhões de km² e mais de 200 milhões de habitantes é preciso uma estrutura muito bem montada. É preciso haver uma direção, uma cabeça muito preparada para conseguir fazer um golpe em plena era da comunicação, em plena era da tecnologia, que dê certo”, disse general.
Augusto Heleno disse ainda que não teve acesso aos relatórios feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), à época controlada pela pasta chefiada por ele, que investigavam a possibilidade de supostas vulnerabilidades das urnas eletrônicas nas semanas que antecederam a live em que Jair Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas.
Heleno também afirmou não saber se o ex-presidente teve acesso ao relatório, que indicava que não havia registro de fraude nas urnas.
“Não sei, não me lembro. Esse relatório, por exemplo, não passou nas minhas mãos”, afirmou.
A existência dos relatórios foi atestada por Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, em depoimento à Polícia Federal.
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