Kevin Lima
g1 Brasília
O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União-PR) protagonizaram um bate-boca durante uma sessão no Congresso nesta quinta-feira (15). O motivo da discussão foi a investigação sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que teriam ocorrido desde 2020.
Durante a sessão, Wolney Queiroz afirmou que as denúncias sobre descontos indevidos em benefícios previdenciários já haviam sido feitas à Polícia Federal (PF) em 2020, enquanto Moro era ministro da Justiça.
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"Ontem [quarta], eu estava assistindo ao Jornal Nacional e houve uma denúncia de um servidor, feita em 2020, que relatava fraudes e descontos indevidos. Senador, parece que Vossa Excelência era ministro da Justiça nessa época. Fez alguma coisa para coibir essas fraudes?", questionou o ministro.
Reação de Moro
O senador Sergio Moro reagiu imediatamente, afirmando que as informações não chegaram ao seu conhecimento quando ele ocupava o cargo de ministro da Justiça.
"Os fatos nunca foram informados a mim como foram informados a Vossa Excelência em reunião em 2023", respondeu Moro, em tom firme.
Wolney insistiu na responsabilização de Moro, destacando que o então ministro da Justiça deveria ter acompanhado as denúncias.
"Vossa Excelência, como ministro, não chegou a acompanhar?", pressionou Wolney.
Em resposta, Moro afirmou que as informações só vieram a público posteriormente.
"Não chegou ao meu conhecimento. Mas a Vossa Excelência ficou sabendo e não fez nada. Vossa Excelência era o braço direito de Carlos Lupi", retrucou o senador, referindo-se ao ex-ministro da Previdência no governo Lula.
Troca de farpas
O clima esquentou quando Wolney Queiroz sugeriu que Moro tinha a obrigação de estar mais informado sobre fraudes enquanto ministro da Justiça.
"Senador, não queria ficar aqui nesse bate-boca com Vossa Excelência, mas como ministro da Justiça, o senhor tinha muito mais obrigação de saber disso do que eu", disparou o ministro.
Moro, por sua vez, acusou o atual governo de tentar transferir a responsabilidade das irregularidades para gestões anteriores.
"Vossa Excelência quis me acusar de algo agora de forma imprópria. Estava no ministério onde teve a fraude. Foi o seu governo que chamou a polícia", afirmou Moro, referindo-se ao período em que as irregularidades foram descobertas.
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