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POLÍTICA NACIONAL Quarta-feira, 16 de Junho de 2021, 14:21 - A | A

16 de Junho de 2021, 14h:21 - A | A

POLÍTICA NACIONAL / CPI DA COVID

Witzel culpa Bolsonaro por mortes e diz que governo atuou contra governadores

CNN Brasil
Única News



A CPI da Pandemia ouviu nesta quarta-feira (16) Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro. Após cerca de 5 horas de depoimento, o ex-juiz federal comunicou o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), que deixaria a sessão.

Wilson Witzel estava amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que previa que o ex-governador do Rio pudesse ficar calado, não precisasse assumir o compromisso de dizer a verdade, e pudesse ser acompanhado por um advogado.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) são autores dos requerimentos de convocação de Witzel.

Em entrevista à CNN, o advogado Diego Carvalho Pereira, que atua na defesa do ex-governador, disse que a orientação é que Witzel não fale nada relacionado aos fatos que já vêm sendo investigados no Rio de Janeiro e nem sobre assuntos relacionados ao estado.

Questionado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) sobre as posturas do governo federal em relação a medidas de combate à pandemia, Wilson Witzel afirmou acreditar que era defendida uma espécie de imunização de rebanho.

"A ideia do governo federal era a contaminação em rebanho. Ocorre que eu ouvi vários especialistas, inclusive o [ex]ministro [da Saúde, José Gomes] Temporão fazia parte da comissão de especialistas do Rio de Janeiro e eles deixavam claro que a contaminação de rebanho e isolamento vertical não seriam suficientes para o Rio de Janeiro", disse o ex-governador.

"Tomei as medidas de restrição de aeroportos, rodovias, que estão no meu decreto, inclusive de esvaziamento das praias do Rio de Janeiro pelo menos por 3 meses para avaliarmos a disseminação da doença e tomar as medidas necessárias", completou.

Ele afirmou ainda que não responde a nenhuma ação de improbidade administrativa relacionada aos hospitais de campanha, após insinuação do senador Flávio Bolsonaro de que isso teria contribuído para seu impeachment.

"Muito menos das denúncias criminais contar mim tem qualquer fato relativo aos hospitais de campanha."

Em questão de ordem, Flávio Bolsonaro diz que Witzel tem culpa por mortes

Citado pelo relator Renan Calheiros em uma série de perguntas e também pelo próprio Wilson Witzel em suas respostas, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) teve uma questão de ordem atendida pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz, para de posicionar.

"Causa indignação, sim, não só em mim, em todo mundo que está assistindo essa CPI que esperava que ela tivesse uma preocupação com os fatos envolvendo Covid", disse Flávio, acusando o relator e o depoente de terem feito um "conchavo" na sessão.

Ele também afirmou que Witzel tem culpa por parte das mortes causadas pela pandemia no Rio de Janeiro.

"E tem, sim, o depoente as mãos sujas de sangue entre esses quase 500 mil mortos. Esse, sim, é o culpado. E vem aqui e cria um monte de narrativa mentirosa e eu faço questão de desmascarar. Porque ele foi eleito mentindo, enganando a população do Rio e se revelou depois que sentou na cadeira de governador", afirmou.

Flávio relembrou que Witzel foi cassado por unanimidade no Conselho Misto formado por cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio e por cinco deputados estaduais.

"O senhor quer fazer aqui nessa CPI que foi perseguido, que há um conluio de toda República contra você (...) Essa narrativa de que há uma mobilização para persegui-lo, isso não existe. É mentira deslavada. Você enganou os eleitores do Rio, os senadores não vai enganar não."

Por fim, Flávio leu trecho da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) contrária a Witzel.

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