Fred Moraes
Única News
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, sugeriu que a Segurança Pública Estadual desenvolva, durante o período de convenções partidária, investigações específicas para tirar da disputa política candidatos que possam ser financiados por organizações criminosas, com vistas às eleições marcadas para o mês de outubro deste ano.
Para o parlamentar, os partidos não possuem competência para tentar “adivinhar” quais políticos podem ter algum tipo de envolvimento criminoso. Ele ainda defende que a população denuncie, também para a polícia, todo e qualquer nome suspeito, para que assim o pleito não seja prejudicado.
“É complicado para quem está na campanha saber quem é do crime e que não é. Isso é motivo para a Polícia, para a Polícia investigar e ao Judiciário para encaminhar ao Ministério Público. Nós não temos como saber, não dá para olharmos e dizer: “Esse é do Crime Organizado”. Agora, se chegar denuncia para nós, aí sim. Cabe a população fazer as denuncias e apontar os candidatos financiados pelo crime, ou faça parte de organização criminosa. Não temos bola de cristal”, disse Botelho em coletiva de imprensa na quarta-feira (22).
Ainda na semana passada, durante reunião realizada essa semana, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) afirmou que irá monitorar as campanhas a prefeitos e vereadores em todo o Estado, no intuito de investigar possíveis financiamentos de facções criminosas a candidaturas nas eleições municipais deste ano. A preocupação do órgão é que com a interferência do crime organizado nas eleições existe a possibilidade de que facções se planejem para fazer um ou dois vereadores em algumas cidades do estado.
O diretor-geral do Tribunal, Mauro Sérgio Rodrigues Diogo, afirmou que o monitoramento rigoroso serão essenciais para evitar problemas como a compra de votos, financiamento ilegal de campanhas e ameaças.
“Identificamos algumas situações nas eleições de 2022, e a ideia do serviço de inteligência é exatamente antecipar esses problemas. Se houver movimentações relacionadas à compra de votos ou ao crime organizado, o GGI [Gabinete de Gestão Integrada] atuará de forma preventiva”, explicou.
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