Da Redação
(Foto: Reprodução)

O procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, preso na 4ª fase da Sodoma, responde também por falcatruas descobertas na operação Seven -, e atualmente, para piorar sua situação junto à Justiça, responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), aberto na Corregedoria Geral da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Lima, no entanto, não compareceu a audiência marcada para esta última sexta-feira (24),na Corregedoria Fazendária.
Embora as testemunhas arroladas pela Comissão Processante estivessem presentes, a Comissão deliberou por designar novas datas para as audiências. Serão realizadas novas intimações para que a instrução processual possa prosseguir com observância das normas procedimentais aplicáveis, bem como para observância do contraditório e ampla defesa.
“Ainda que esta audiência não tenha sido realizada, a Comissão prossegue seus trabalhos e acreditamos que entregaremos nosso relatório ao Colégio de Procuradores dentro dos prazos legais”, afirmou a presidente da Comissão Processante, Flávia Beatriz Corrêa da Costa.
O procurador aposentado, Chico Lima, como é mais comumente conhecido, foi preso na operação Sodoma - quarta fase -, que antes já havia levado para as grades o ex-governador Silval Barbosa, encarcerado no Centro de Custódia de Cuiabá, há 1 ano e sete meses por comandar organização criminosa em sua gestão, com desvios biolionários dos erários públicos, particularmente do programa de incentivos fiscais.
Chico Lima foi envolvido na operação Sodoma, na sua 4ª fase, deflagrada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) que investigou crimes de corrupção no desvio de dinheiro público realizado por meio de uma das três desapropriações milionárias pagas pelo ex-governo Silval Barbosa, durante o ano de 2014. A operação Sodoma quando foi deflagrada em 15 de setembro de 2015 já havia levado para as grades o ex-governador Silval Barbosa, encarcerado no Centro de Custódia de Cuiabá, há 1 ano e sete meses por comandar organização criminosa em sua gestão, com desvios biolionários dos erários públicos, particularmente do programa de incentivos fiscais.
Nesta 4ª fase, além de Chico Lima, Valdir Piran e Arnaldo Alves foram detidos em Brasília. Foram presos, ainda, o ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, que já está preso no Centro de Custódia de Cuiabá, Marcel De Curs, Silvio César Correia Araújo. Também Pedro Jamil Nadaf (ex-secretario chefe da Casa Civil), Arnaldo Alves De Souza Neto (ex-secretario de planejamento), Afonso Dalberto (ex-presidente do Intermat), além do proprietário do imóvel Antonio Rodrigues Carvalho, seu advogado Levi Machado, o operador financeiro do grupo criminoso Filinto Muller e os empresários Valdir Piran e Valdir Piran Junior, pai e filho.
De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, o correspondente a 50%, ou seja, R$ 15.8milhões retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller em prol do grupo criminoso.
De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante, em torno de R$ 10 milhões pertencia ao chefe Silval Barbosa, o resto dividido entre os demais participantes. O procurador aposentado seria a pessoa responsável para fazer a ‘correria’ em levantar e entregar o dinheiro para o grupo político do Silval Barbosa. Chico ainda está envolvido na Operação Seven, que investigou fraudes no Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) e cujos danos aos cofres públicos ultrapassariam R$ 7 milhões.
Chico Lima exerceu mandato de vereador em Santo Antônio do Leverger e presidiu Câmara Municipal da cidade no ano de 1989. À época, já havia sido condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por irregularidades apontadas em sua prestação de contas. A divida à ser paga, em multas, era avaliada em R$ 127.667 mil. Entretanto, 15 anos depois, já em 2004, o Ministério Público de Mato Grosso indicou que a dívida, recalculada por valores atualizados, corresponderia, naquele ano, à quase R$ 260 mil. Todavia, Lima não possuía bens para quitar a ordem de penhora.
À epoca, o juiz da 5ª Vara Especializada da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Roberto Teixeira Seror, declarou a insolvência do procurador aposentado em 04 de setembro de 2015, tendo a decisão publicada pelo Diário de Justiça. O juiz reconheceu a incapacidade de Chico Lima quitar suas dívidas, ainda que penhore seus bens.
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