Cuiabá, 25 de Abril de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 25 de Maio de 2020, 14:20 - A | A

25 de Maio de 2020, 14h:20 - A | A

POLÍTICA / CPI NA ASSEMBLEIA

CPI da Energisa convocará presidente da empresa somente após a pandemia

Euziany Teodoro
Única News



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa, que investiga denúncias de preços abusivos e várias outras irregularidades na concessionária da energia elétrica em Mato Grosso, só vai retomar as oitivas após o período da pandemia do novo coronavírus.

Os primeiros a serem chamados após esse intervalo serão o diretor-presidente da Energisa S/A, Riberto Barbanera, e alguns servidores que trabalham no setor de cortes de fornecimento por inadimplência e do setor de finanças.

De acordo com o deputado estadual Elizeu Nascimento, presidente da CPI, ofícios chegaram a ser enviados para a empresa convocando os depoentes, mas, devido ao período de quarentena, tiveram que ser suspensos. Ele explica o motivo.

“Neste momento da pandemia, você não pode negar o direito de a pessoa não participar, se ele não quiser. Então, neste caso, a presidência da Assembleia Legislativa optou em não fazer as convocações agora, até porque a resposta que ia ter é que eles não poderiam participar devido à pandemia”, disse Nascimento, ao Única News.

Segundo ele, a medida foi tomada por precaução, até para que a Assembleia e a CPI não fossem responsabilizados, caso algum dos convocados testassem positivo, posteriormente, para a Covid-19.

“Se você convoca alguém para participar de oitiva de uma CPI e, quando for amanhã, a pessoa testa positivo para o coronavírus, aí pode jogar como se fosse responsabilidade da Assembleia. Para evitar que algo dessa forma aconteça, preferimos suspender as convocações e a CPI da Energisa voltará no momento oportuno”.

A CPI tem prazo de 180 dias para ser encerrada. Esse prazo não está correndo durante a pandemia. Portanto, assim que esse período passar, o prazo recomeça de onde parou. A última oitiva foi realizada em março.

Denúncias

No Procon estadual, segundo declarações da secretária do órgão à CPI, Gisela Simona, 82,6% das reclamações são de clientes se queixando de cobranças abusivas por parte da Energisa.

Ainda segundo ela, a CPI estimulou a população a denunciar mais. Em 2015, quando a empresa começou a operar em Mato Grosso, foram registradas 5.359 reclamações. No ano de 2016, foram 5.707; em 2017, 5.699. Durante 2018, houve um leve aumento, ficando em 5.809; já em 2019, ano em que foi instalada a CPI, o número saltou para 8.285 reclamações.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa é composta pelo deputado Elizeu Nascimento, como presidente; Carlos Avallone (PSDB) como relator; Thiago Silva (MDB), vice-presidente; membros titulares Paulo Araújo (PP) e Dr. Eugênio (PSB). Os suplentes são os deputados Valmir Moretto (Republicanos),Valdir Barranco (PT), Romoaldo Júnior (MDB), Xuxu Dal Molin (PSC) e Dilmar Dal Bosco (DEM).

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