Da Redação
Única News
Os deputados estaduais aprovaram, nesta terça-feira (10), a convocação dos delegados Lindomar Tofoli, da 3ª Delegacia da Polícia Civil, e Anderson Veiga, da Delegacia Especializada em Homicídio e proteção à Pessoa, para prestarem esclarecimentos sobre denúncia enviada à Assembleia Legislativa pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
Ambos são citados em uma denúncia de Pinheiro sobre suposto uso político da Delegacia Fazendária (Defaz), por parte do governador Mauro Mendes (DEM). O requerimento feito pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT) foi aprovado e os depoimentos serão prestados na próxima terça-feira (17), às 15h, no gabinete do presidente Eduardo Botelho (DEM).
Em dezembro de 2019, o prefeito foi à Assembleia Legislativa fazer um pedido para que fosse investigada uma suposta articulação na Polícia Civil para lhe prejudicar. Os dois delegados foram transferidos para a Diretoria Metropolitana. A remoção teria ocorrido em ato administrativo sem razões fáticas e fundamentação legal.
Lúdio defende que os delegados possam explicar os fatos envolvidos na transferência, ocorrida em meio a denúncia feita pelo prefeito de Cuiabá, de que o governador tentou usar politicamente o aparato policial da Defaz.
“O Legislativo não pode se omitir. O prefeito fez uma denúncia grave, acusando o governador de uso político do aparelho policial, e se ele trouxe um documento à Assembleia com esse teor, a Assembleia precisa dar algum encaminhamento. Além disso, na mesma semana, os dois delegados foram afastados da Defaz. Precisamos que eles esclareçam os fatos o quanto antes, para descobrirmos se realmente há uma tentativa de uso político da Polícia Civil”, disse Lúdio.
Emanuel entregou um documento para Botelho e Janaina Riva (MDB) relatando que dois delegados teriam a “missão” de incriminá-lo, diante de um boletim de ocorrência feito pela servidora da Secretaria Municipal de Saúde, Elizabete Almeida. Ela fez um boletim de ocorrência na Defaz no dia 28 de novembro de 2019.
No documento ela relatou que esteve em um jantar, no dia 21 de novembro, na casa do vereador Juca do Guaraná (Avante) e que Chico 2000 (PR), Ricardo Saad (PSDB) e o ex-vereador e suplente Oseas Machado, presenciaram o prefeito oferecendo R$ 50 mil mais 20 cargos comissionados a vereadores para “agilizar” a cassação de Abílio, que foi, de fato, cassado em 6 de março de 2020, por quebra de decoro, calúnia e abuso de prerrogativa.
Desde então, Emanuel Pinheiro cobra a abertura de uma investigação pela Defaz - a pedido do Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária) do MPE.
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