Da Redação
(Foto: AL-MT)

Nesta quarta-feira (13), após o ex-presidente da Casa de Leis, José Riva, ter seu escritório como alvo de busca e apreensão em mais uma fase da Operação Ararath e prestar depoimento no Legislativo, na CPI do MPE, sobre as negociações das cartas de crédito, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), afirmou que as declarações do ex-parlamentar contradizem o depoimento do ex-secretário Éder Moraes.
“Nós fizemos a oitiva do Riva, com relação a sua participação ou não, nas negociações das cartas de créditos com o Ministério Público e a Cemat [hoje Energiza], quando ainda era presidente da Assembleia Legislativa. Na oportunidade, ele disse que não participou efetivamente disso, contradizendo o que Éder Moraes afirmou em seu depoimento”, disse Oscar à imprensa.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as Cartas de Crédito foi criada para investigar possíveis irregularidades na negociação de cartas de créditos, que supostamente envolveria outros membros do Ministério Público Estadual (MPE). A negociação feita entre cerca de 45 membros do MPE e o Grupo Rede Energia teria compensado cerca de R$ 10 milhões em cartas de crédito durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
No último dia 30, o ex-secretário Eder Moraes após prestar depoimento na Casa de Leis, na CPI do MPE, conversou com a imprensa. E mesmo que as informações dadas fossem sigilosas, acabou confidenciando que apesar do caráter sigiloso da CPI, o fato seria público e que todos sabiam da existência de irregularidades nas cartas de créditos. 'Há um problema para ser resolvido urgentemente e está na mão dos deputados resolver isso. A sociedade com certeza está aguardando resolver isso”, disse Éder.
Segundo o ex-secretário, seus depoimentos também devem deixar a investigação mais cristalina. “Acredito que ficará cristalino todas as explicações deixando a CPI muito a vontade para tomar as providências legais, lícitas e que a sociedade tanto está aguardando, já que esta CPI tem se arrolado por muito tempo”, afirmou.
Riva responde a 107 ações na Justiça pelos crimes de peculato, improbidade administrativa e corrupção. Ele foi preso pela primeira vez em 2014 durante a Operação Ararath, em Cuiabá.
Na Ararath, o ex-parlamentar é acusado de ter sido beneficiado por um banco clandestino, operado pelo empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, mais conhecido como Júnior Mendonça.
Nesta quarta-feira (13), a Polícia Federal (PF) deflagrou mais uma fase da operação, e cumpriu um mandado de busca e apreensão, no escritório de Riva, na Capital
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