Rafael Walendorff
Globo Rural
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta quinta-feira (12/9) que não há justificativas para se falar em inflação de alimentos neste momento em função da seca. Segundo ele, não há atrasos no plantio da safra de grãos e a meteorologia aponta para níveis satisfatórios de chuvas nos próximos meses.
“Estamos saindo do período proibitivo do status sanitário [para plantio de soja], não há nenhum atraso ainda. A chuva está dentro do calendário ideal, tem previsão para outubro. Não há nenhum atraso, não há que se falar em nenhum tipo de prejuízo. O alerta é com relação às mudanças climáticas”, disse a jornalistas na Chapada dos Guimarães (MT) após reunião do grupo de trabalho da Agricultura do G20 (fórum das maiores economias do mundo).
O vazio sanitário, período em que é proibido cultivar soja, terminou em 7 de setembro em Mato Grosso, principal Estado produtor. A maior parte do plantio, no entanto, ocorre em outubro e novembro.
Segundo Fávaro, há um “alarde extemporâneo” sobre risco de alta nos preços dos alimentos no país em função da estiagem e das queimadas.
“Tenho ouvido um alarde, acho que ainda é extemporâneo, se tem risco de inflação de alimentos. Não tem atraso ainda”, explicou. “Se entrar outubro, novembro e não chover, aí podemos discutir isso”, completou.
Questionado se há um “plano B” no governo caso a seca persista, Fávaro disse que as previsões meteorológicas são boas. “O plano A é que as previsões meteorológicas serão de chuvas boas em outubro e novembro, em fevereiro e março, e que devemos ter uma safra regular”, comentou.
Ele reforçou que algumas culturas carecem de políticas específicas para expansão da produção, para evitar sobressaltos nos preços, como o arroz. “Vamos lançar medidas de estímulo à produção, que não fique concentrada só no Rio Grande do Sul, mas que possamos expandir para o Centro-Oeste e o Matopiba”, afirmou.
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