Ari Miranda
Única News
Em conversa com jornalistas, a vereadora por Cuiabá, Katiuscia Mantelli (PSB) disse que não viu como uma espécie de “perseguição” do prefeito Abilio Brunini (PL) ao seu colega de partido, Joelson Amaral, o ‘Sargento Joelson’ a deflagração da Operação Perfídia, da Polícia Civil.
Deflagrada nesta terça-feira (29) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), a operação investigou o pagamento de uma propina no valor de R$ 250 mil ao parlamentar para “facilitar” a votação e aprovação de uma matéria legislativa que autorizou o pagamento de dívidas da Prefeitura de Cuiabá à construtora responsável pelas obras da Avenida Contorno Leste, na ordem de R$ 4,8 milhões.
Além de Joelson, o ex-presidente da Casa de Leis, vereador Chico 2000 (PL) também foi um dos alvos da operação e foram afastados do cargo por tempo indeterminado.
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Ocorre que a denúncia que desencadeou a operação foi feita pelo atual prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), à época em que este ocupava o cargo de deputado federal, o que para Katiuscia não configurou uma perseguição ao colega de partido - que inclusive faz parte da base aliada do atual gestor na Câmara de Cuiabá.
“Necessariamente [sobre] essa questão de perseguição, eu não posso falar, até porque a gente sabe que isso é uma briga da legislatura passada, e foi uma denúncia feita [pelo Abílio] ainda como deputado. Inclusive agora o vereador Sargento Joelson é um vereador da base do prefeito Abílio, inclusive numa relação muito estreita, inclusive aqui nas votações”, afirmou.
Katiuscia disse ainda que a “visita” da Polícia Civil aos gabinetes de Joelson e Chico 2000 e que resultaram no fechamento total da Casa Parlamentar para servidores e vereadores nas primeiras horas da manhã de terça, não acarreta nenhum prejuízo aos outros 25 parlamentares da Capital, garantindo que cada vereador responde por seus atos.
“As ações de qualquer político, seja executivo ou legislativo, elas precisam ser personalizadas, elas precisam ser individualizadas. Não há porque todo um poder ser condenado, até antecipadamente, por ações de alguns, ou por supostas ações de alguns. Eu acho que passou da hora de personalizar, cada um tem seu CPF, cada um precisa ser responsável pelas suas ações”, enfatizou.
Sobre o posicionamento da executiva estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB), a vereadora disse que a emissão de qualquer julgamento sobre o colega ainda é prematura, defendendo o direito à ampla defesa tanto a Joelson quanto a Chico 2000.
“Nós sabemos que na rede social, o julgamento é mais rápido que a justiça. Então, a gente acredita que todos eles têm o direito à ampla defesa, ao contraditório. Então nós vamos aguardar, até mesmo para termos mais informações do que realmente há de concreto nos fatos e nas denúncias”, garantiu.
“Volto a dizer: não há condenação sem um julgamento. Nós não vamos condenar o nosso colega sem um julgamento. Então, nós devemos nos reunirmos até para saber a que pé está, para entendermos também o processo, por se tratar de um vereador do PSB, mas ouvir também o direito à ampla defesa, ao contraditório”, pontuou.
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