Cuiabá, 25 de Abril de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 06 de Abril de 2020, 12:11 - A | A

06 de Abril de 2020, 12h:11 - A | A

POLÍTICA / POSSÍVEL IMPROBIDADE

Mendes diz que renovar contratos de interinos seria ilegal, já que aulas estão suspensas

Euziany Teodoro
Única News



O governador Mauro Mendes explicou que os contratos de professores interinos, que foram suspensos em março, são daqueles que trabalham em escolas que fizeram greve no ano passado – a mais longa da história – e que seriam renovados no final de março. Com as aulas suspensas devido ao novo Coronavírus, renovar os contratos seria ilegal, segundo ele.

“O que aconteceu foi o seguinte: lembra daquela greve no ano passado? As escolas que fizeram greve, ao invés da aula começar em fevereiro, começariam no final de março. Como o Governo vai atualizar o contrato de alguém que vai ficar em casa?”, questionou, em entrevista à TV Centro América, nesta segunda-feira (6).

De acordo com o governador, as escolas que aderiram à greve – que durou 75 dias, de 27 de maio a 14 de agosto –, só retomariam as aulas no dia 23 de março deste ano. No entanto, com as aulas suspensas justamente na mesma data, o Estado poderia incorrer em ato de improbidade administrativa ao assinar novo contrato e pagar salários para que os funcionários ficassem em casa.

“Como vou assinar contrato com alguém para mandar essa pessoa para casa e ficar parada? Estaria desperdiçando dinheiro público. Não tem o que negociar, eu estaria desperdiçando dinheiro público. Seria um ato de improbidade”, disse.

No entanto, segundo ele, os professores contratados que recomeçaram as aulas em fevereiro, dentro do calendário letivo ordinário, tiveram seus contratos renovados e estão recebendo salário normalmente.

“As escolas que não fizeram greve, os professores foram recontratados em fevereiro e começaram as aulas normalmente. Esses professores têm o direito, pois eles têm um contrato assinado e têm o direito de continuar recebendo, igual aos servidores efetivos, mas aqueles que tiveram a greve e que o ano letivo só ia recomeçar em março, não foi recontratado”.

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso (Sintep-MT) tentará se reunir com o governador ainda essa semana para tentar rever a questão, mas Mauro Mendes já afirmou que não há o que negociar.

“Não é que seja inegociável, é ilegal. Se eu fizer isso, estaria jogando dinheiro público fora. Pergunta se alguma empresa fechada está contratando gente e mandando para casa para receber salário. Lamento profundamente, mas temos que cuidar do dinheiro público e não é correto o Governo e a Secretaria [de Educação] fazer isso. Responderíamos por improbidade ao contratar alguém para mandar para casa”, concluiu.

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