31 de Maio de 2025
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POLÍTICA Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 07:20 - A | A

12 de Setembro de 2024, 07h:20 - A | A

POLÍTICA / DE VOLTA AO CENÁRIO

Neri Geller retorna após "polêmica do leilão" e diz estar participando das eleições como cabo eleitoral

Fred Moraes
Única News



O ex-deputado federal Neri Geller (PP) fez sua primeira aparição pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), após ser demitido do Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA) sob acusações de intervenção no processo de compra de arroz importado, em razão da enchente que destruiu o Rio Grande do Sul, estado produtor do grão.

Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (11), Neri disse que usou todo esse tempo afastado da vida pública para retomar suas atividades enquanto produtor e comerciante na cidade de Lucas do Rio Verde (333 km de Cuiabá).

No entanto, segundo ele, nunca se ausentou da política, pois revelou estar participando de  campanhas de alguns candidatos em Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento e Santo Antônio do Leverger.

“Voltei para minhas atividades em Lucas do Rio Verde, onde sou produtor e comerciante. Qual eu sempre vivia né? Estou muito feliz na retomada aí das eleições acompanhando aqui no nosso no estado inteiro. Tenho uma base bem fortalecida. Obviamente acompanhando de longe e de perto. Eu acabo me envolvendo porque eu gosto e acho que as pessoas de bem precisam se envolver na política”, disse o deputado.

LEILÃO DO ARROZ

Diante do desastre climático que assolou o Rio Grande do Sul, o Governo Federal anunciou o leilão de arroz para garantir o abastecimento interno e, manter os preços dos grãos, que em alguns lugares chegou a R$ 40 o pacote de cinco quilos.

No entanto, existiram muitas falhas no processo. Um dos vencedores já foi citado em investigação sobre crimes em licitação e desvio de verbas públicas, por exemplo. A empresa receberia do governo cerca de R$ 736,3 milhões.

A ligação de Neri Geller ao leilão é Robson França, presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e dono de corretoras que intermediaram a comercialização de 44% do volume de arroz negociado (116 mil toneladas) e do valor envolvido no leilão da Conab, cerca de R$ 580 milhões. Ele foi assessor de Geller durante seu mandato na Câmara dos Deputados, entre 2019 e 2020.

Sob a acusação de ligação com Robson, Neri acabou sendo exonerado do cargo para que a Polícia Federal investigasse supostas irregularidades.

O governo federal decidiu anular o leilão em meio às denúncias de irregularidades. Há ainda questionamentos quanto a capacidade técnica e operacional dos vencedores do edital de entregarem o produto. A operação de compra do arroz movimentaria R$ 1,3 bilhão.

Um novo leilão chegou ser cogitado, mas acabou sendo descartado pelo Palácio da Alvorada.

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