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POLÍTICA Quarta-feira, 17 de Maio de 2017, 10:50 - A | A

17 de Maio de 2017, 10h:50 - A | A

POLÍTICA / WATERGATE TUPINIQUIM

Oscar não assina CPI dos Grampos, lembrando que presidiu uma que foi ignorada pelo governo

Da Redação



(Foto: AL-MT)

deputado oscar bezerra.JPG

 

Na noite desta última terça-feira (18), durante sessão plenária na Assembleia Legislativa, quando foi discutida a possibilidade da criação de uma CPI dos Grampos, para investigar escutas ilegais supostamente vindas do Palácio Paiaguás e que monitoraram pelo menos 120 pessoas em Mato Grosso, dentre elas a deputada estadual, a peemedebista Janaina Riva (PMDB), o deputado socialista Oscar Bezerra foi contrário a abertura da investigação na Casa.

 

Sob a argumentação de que as investigações deveriam ficar sob a responsabilidade dos órgãos de controle, como a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal, ainda lembrou - indignado -, que ele é a prova viva que as CPIs na Casa de Leis, como a que presidiu - a CPI das Obras da Copa - foi totalmente ignorada, ao final, pelo governo do Estado.

 

Assim, optou em não aderir à  CPI dos Grampos, pois acredita que não adiantaria nada. 'Presidi uma Comissão, que durante dois anos investigou profundamente as obras paralisadas da Copa do Mundo. Apontamos todas as irregularidades para ao final, ela ser totalmente desconsiderada pelo governo. Que deverá tocar a obra de acordo com seus interesses. Então para que fazermos qualquer CPI.

  

No entanto, o deputado Oscar Bezerra espera que haja uma investigação profunda sobre a rede dos grampos ilegais em Mato Grosso e que sejam punidos todos os culpados. E que, inclusive, acredita que este é também o desejo do governador. Mas reintera que uma Comissão no Parlamento pode não ter o efeito necessário, à exemplo da CPI que comandou.

 

Veículo Leve Sobre Trilhos

 

Indignado com a informação de que o governo vai continuar com o Consórcio que anteriormente 'tocava' o VLT, Bezerra ainda deixou claro em plenário - na noite desta ultima terça -, que não aprova a continuidade do Consórcio no modal. Sob a égide de que todos sabem dos problemas que ocorreram nas obras, que estão há dois anos paralisadas e que consumiu R$1,4 bilhão. Culminando com a criação da CPI na Assembleia Legislativa em 2015. 

 

'A comissão de investigação durou 22 meses e descobriu R$ 514 milhões em desvio de dinheiro público em obras de mobilidade urbana. Somente de cobranças do VLT, foram apontados sobrepreços de quase R$ 316 milhões. Um pedido de restituição integra o relatório final da CPI votado e aprovado pelos deputados em abril deste ano'.

 

A quantia - ainda revela o parlamentar -, corresponde a multas por atraso no cronograma de obras e fraudes em planilhas de serviços, que tiveram sobrepreço. Mas, no acordo firmado pelo governo Pedro Taques e o Consórcio VLT, a tendência é que os apontamentos feitos pela CPI sejam ignorados.

 

'E agora esta obra depois de gastar mais de R$ 1 bilhão, ainda vai consumir outros R$ 800 milhões para a conclusão. Guardem, não aprovo esta decisão e o tempo vai me credenciar, me dará a razão.E o equívoco que está sendo cometido, deixará marcas irreparáveis à Mato Grosso. Respeito o posicionamento do governo, mas quero o mesmo respeito à minha posição enquanto parlamentar. Até porque se Justiça decidir que devem ser retomadas as obras, não há nada que possamos fazer', comenta Bezerra.

 

O relatório foi aprovado, em abril deste ano, seis meses depois do encerramento dos trabalhos da CPI e com rejeição de emenda proposta pelo deputado Mauro Savi (PSB) para tentar garantir a suspensão do contrato com o Consórcio VLT e a devolução de R$ 541 milhões do total de multas e de desvios contabilizados pela comissão.

 

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