Cuiabá, 25 de Abril de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 03 de Fevereiro de 2020, 17:30 - A | A

03 de Fevereiro de 2020, 17h:30 - A | A

POLÍTICA / ELEIÇÃO SUPLEMENTAR AO SENADO

Selma entra com liminar para impedir posse de Fávaro e diz que ministro ‘atropelou’ processo

Ana Adélia Jácomo
Única News



A defesa da senadora cassada Selma Arruda (Podemos) entrou com uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) nessa segunda-feira (3), endereçado à ministra Rosa Weber, para impedir que o terceiro colocado na disputa, Carlos Fávaro (PSD), possa assumir a vaga interinamente.

Ao Única News, Selma confirmou o pedido. “Meu advogado entrou com o pedido para a Ministra Rosa Weber e estamos aguardando que ela decida pelo entendimento do próprio TSE que o Tóffoli atropelou”, disse ela.

Ocorre que STF acatou pedido do Governo de Mato Grosso, feito por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), e determinou que Fávaro assuma a vaga da senadora.

A decisão, do ministro Dias Toffoli, foi tomada na última sexta-feira (31) e a posse tão logo o Senado delibere pelo afastamento da juíza aposentada.

O entendimento da senadora cassada, no entanto, é que a decisão do TSE que cassou su diploma deve ser respeitada. O órgão determinou que deve haver nova eleição ao Senado em Mato Grosso e deu prazo de 90 dias para o novo pleito, que já está marcado para o dia 26 de abril.

Dois dos pré-candidatos também criticaram a liminar à favor de Fávaro: o deputado federal Nelson Barbudo (PSL) e o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), que é líder do Governo na Assembleia.

“Tem que se respeitar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Eu achei estranho demais, nunca tinha visto isso. Quando se decide pela cassação, e cassou toda a chapa dela. Eu vejo que tem que ter uma eleição suplementar. E se está tendo uma eleição, não vejo de maneira nenhuma convocar o 3º colocado que não foi eleito com o voto do povo do Estado", declarou durante sessão na Casa nesta manhã”, disse Dilmar Dal Bosco. 

Selma Arruda foi cassada por prática de caixa 2 e abuso de poder econômico nas eleições de 2018 e foi cassada pelo TRE-MT. A cassação foi confirmada em dezembro do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

'Chuva' de candidatos

A corrida para preencher a vaga de Selma Arruda já conta com 23 pré-candidatos, mesmo antes do prazo para homologação das candidaturas, que ocorre até dia 14 de fevereiro.

Há diversos nomes em jogo: o deputado estadual Max Russi (PSB), o deputado federal Neri Geller (PP), o ex-governador Júlio Campos (DEM), o chefe do escritório de representação do estado em Brasília, Carlos Fávaro (PSD), o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), os ex-deputados federais Nilson Leitão (PSDB) e Adilton Sacheti (PRB), a secretária-adjunta do Procon, Gisela Simona (Pros) e o líder na Assembleia Dilmar Dal Bosco (DEM).

Além desses nomes, dentro do MDB (também da base), há outros dois sendo avaliados: o do deputado federal Carlos Bezerra e de sua esposa, Teté Bezerra. Consta ainda como pré-candidato o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antônio Galvan.

São citados ainda o deputado federal Leonardo Albuquerque (SD); os deputados estaduais Elizeu Nascimento (DC), Lúdio Cabral (PT), Silvio Fávero (PSL); o ex-ministro Blairo Maggi (PP); o ex-senador Cidinho Santos (PL); o ex-governador Pedro Taques (PSDB), o ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT), o deputado federal José Medeiros (Podemos), a empresária Margareth Buzetti (PP) e o vereador por Cuiabá, Mário Nadaf (PV).

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