Da Redação
(Foto: Foto Ahmad Jarrah/Circuito Mato Grosso)

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antonio Joaquim, classificou por meio de nota, reportagens pela mídia em que divulgaram a lista de apreensões da Polícia Federal durante operação Malebolge, em sua residência, como 'tentativa de ferir sua honra, acabar sua dignidade e manchar toda uma trajetória de 37 anos de serviços prestados à sociedade mato-grossense'.
No dia 14 de setembro, quando deflagrada operação, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências e escritórios de pessoas citadas na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, que foi homologada no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo ministro Luiz Fux, em agosto deste ano.
Na casa de Antonio Joaquim, foram encontrados duas armas, 61 munições e uma pasta intitulada como Bomba A com diversos documentos.
Entre outras coisas apreendidas na residência de Antonio Joaquim que deve disputar as eleições para governo do estado no próximo ano, a PF encontrou um envelope branco de papel com os dizeres "Para Maura Sigiloso; Conselheiro Sérgio Ricardo e João Batista", um revólver Calibre 38, marca Taurus, avaliado em R$ 3,7 mil, uma pistola 380, marca Glock (R$ 8,4 mil), com o registro vencido em junho deste ano.
"Gostaria de repudiar com veemência o uso político da situação, numa tentativa vil e em vão de ferir minha honra, acabar com minha dignidade e manchar minha trajetória de 37 anos de serviços prestados à sociedade mato-grossense", escreveu.
Antonio Joaquim declarou ainda que, quando saiu publicamente para disputar nas eleições de 2018 para comando do Palácio Paiaguás, foi alvo de inúmeras 'investidas de políticos que temem serem derrotados pela democracia'.
"Reafirmo, sobretudo, minha serenidade ante o ataque político-jurídico que passei a enfrentar. Certamente o povo clama por mudanças (..) Acredito na Justiça e tenho fé de que a verdade prevalecerá. E, por fim, reitero minha total tranquilidade sobre a origem e licitude de todos os materiais que foram recolhidos pela PF", ressaltou.
Confira abaixo nota na íntegra:
“Nota de repúdio
Em relação às reportagens veiculadas pela imprensa sobre a lista de materiais apreendidos pela Polícia Federal (PF) em minha casa e gabinete no Tribunal de Contas do Estado (TCE), gostaria de repudiar com veemência o uso político da situação, numa tentativa vil e em vão de ferir minha honra, acabar com minha dignidade e manchar minha trajetória de 37 anos de serviços prestados à sociedade mato-grossense.
Desde o primeiro momento em que manifestei publicamente meu interesse em disputar o pleito 2018, passei à condição automática de alvo principal das investidas de políticos que temem serem derrotados pela democracia, bem como agentes públicos e membros de instituições que sonham em participar da vida política partidária, valendo-se das prerrogativas constitucionais inerentes à função.
Reafirmo, sobretudo, minha serenidade ante o ataque político-jurídico que passei a enfrentar. Certamente o povo clama por mudanças.
E a “transformação” verdadeira tem um preço alto. Custa a coragem de encarar os autocratas nos olhos, sem medo de enfrentá-los. Acredito na justiça e tenho fé de que a verdade prevalecerá. E, por fim, reitero minha total tranquilidade sobre a origem e licitude de todos os materiais que foram recolhidos pela PF”.
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