18 de Fevereiro de 2025
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VARIEDADES Quinta-feira, 14 de Novembro de 2024, 11:18 - A | A

14 de Novembro de 2024, 11h:18 - A | A

VARIEDADES / VENDA DE MILHÕES

Advogado de corretor se pronuncia após Bruno Gagliasso negar calote em venda de imóvel

Kevin de Sousa, advogado do corretor Marco Antônio Pinheiro Loureiro, admitiu que a venda foi efetuada por outro corretor, mas insistiu que seu cliente tem direito à comissão devido aos oito meses de negociação que teve com o comprador

Revista Quem
Única News



Kevin de Sousa, advogado do corretor Marco Antônio Pinheiro Loureiro, emitiu, nesta quarta-feira (13), uma nota de repúdio ao pronunciamento feito por Bruno Gagliasso, que foi acusado por seu cliente de não repassar a comissão estimada em R$ 3 milhões da venda de sua mansão no Itanhangá, no Rio de Janeiro.

"Rechaçamos de forma objetiva a alegação do Sr. Bruno Gagliasso de que haveria fundamento para uma ação por calúnia em resposta às reivindicações do corretor Marco Antônio Pinheiro Loureiro. Não houve imputação de crime ou difamação ao Sr. Gagliasso, mas tão somente a divulgação de fatos documentados por conversas entre as próprias partes: o serviço de corretagem foi prestado, o comprador foi apresentado, e o negócio concluído. No entanto, até o momento, a comissão devida ao corretor inicial pela intermediação não foi paga", começou o comunicado.

Venda efetuada por outro corretor

 

Segundo a equipe jurídica do corretor, o profissional se dedicou oito meses à negociação da venda do imóvel do ator.

"Ao longo de aproximadamente oito meses, o corretor Marco Antônio desempenhou um papel essencial na aproximação entre o comprador Paolo Guerrero e o Sr. Bruno Gagliasso, dedicando-se a todas as etapas iniciais e estruturando cuidadosamente as bases para a concretização da venda. É importante ressaltar que o imóvel nem sequer estava oficialmente à venda, e o trabalho do corretor que gerou o interesse de colocá-lo à venda. Contudo, conforme documentado, houve uma manifestação de desistência da compra por parte do jogador, o que interrompeu momentaneamente o processo de venda", explicou seu advogado.

No entanto, a venda foi concluída por meio de outro corretor. Mesmo não efetuando a venda, o advogado afirmou que seu cliente teria direito à comissão pelo trabalho desempenhado.

"Dias depois, cerca de 20 dias da manifestação de desistência, o comprador retomou o interesse e realizou a compra do imóvel, agora com a intermediação de outro corretor, culminando na exclusão do Sr. Marco Antônio da operação. Tal exclusão, entretanto, não elimina o direito do corretor inicial à sua comissão, como dispõe a legislação e a jurisprudência consolidada do TJRJ e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O STJ, em várias oportunidades, assegurou que a comissão é devida ao corretor que realizou a aproximação útil entre as partes e viabilizou a transação, mesmo que ele não tenha participado das etapas finais do negócio", ressaltou.

 

"A defesa do Sr. Gagliasso alega que a conclusão da venda foi feita por outro corretor, que teria recebido a comissão. No entanto, essa circunstância não desobriga o vendedor de honrar o pagamento ao corretor responsável pela aproximação inicial e fundamental para a concretização do negócio, se não houvesse revelação de identidade, as partes não teriam fechado negócio posteriormente. A tentativa de desviar o foco com acusações infundadas de calúnia e ameaça de ação judicial é despropositada e não altera o fato de que o pagamento é devido."

Polêmica

 

O advogado do corretor concluiu o comunicado reforçando que seu cliente tentou se comunicar com Gagliasso por mais de 20 dias antes de tornar a história pública.

"Após diversas tentativas frustradas de contato direto com o vendedor ao longo de mais de vinte dias, optou-se por publicizar o caso com o intuito exclusivo de trazer transparência e respeito aos direitos que lhe são devidos. Reiteramos que o foco desta reivindicação é estritamente jurídico, sem qualquer intenção de gerar polêmica ou exposição indevida", finalizou.

Outro lado

 

E nota enviada ao colunista Lucas Pasin, do UOL, os advogados do ator, Mariana Zonenschein e José Luis Oliveira Lima, acusaram o corretor de compartilhar informações inverídicas.

"São inverídicas, infundadas e irresponsáveis as informações de que o nosso cliente deixou de pagar comissão supostamente devida para um corretor de imóveis. A venda do imóvel foi intermediada por outro profissional e o valor inicial da comissão foi pago conforme o contrato. As acusações contrárias são difamatórias e seu autor responderá criminal e civilmente pelas inverdades, além de uma representação ética perante o Conselho Regional de Corretores de Imóveis", disse.

"Bruno iniciou tratativas da venda do seu imóvel com um determinado profissional, sendo que a transação não se desenvolveu nem concretizou. Posteriormente, outro corretor intermediou a operação, fez várias visitas ao imóvel com o comprador, tendo a venda sido concretizada e apenas o sinal inicial da comissão sido pago, conforme contrato celebrado", continuou.

Por fim, eles informaram que o valor da comissão seria em juízo para que o Poder Judiciário pudesse decidir seu destino. "Para não deixar qualquer dúvida acerca da lisura e boa-fé de suas ações e em respeito à Justiça e à transparência, o valor da comissão será depositado em juízo para que o Poder Judiciário decida a questão de forma imparcial, em estrito cumprimento da lei."

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