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Vitão, que recentemente anunciou que será pai de uma menina, passou por um processo de redescoberta antes de raspar os longos cabelos encaracolados. O cantor refletiu sobre a decisão de mudar o visual.
"Finalmente estou dando a cara a tapa mesmo. Estou totalmente com a cara limpa e sem nada para me esconder atrás. O cabelo funcionava como uma cortina. Agora estou sendo 100% sincero comigo, com a minha musicalidade, com o que eu quero fazer e passar para os outros. Estou trazendo também essa sinceridade com olho no olho", analisa ele, que acaba de lançar Toda Manhã: Ato 1.
"Depois que raspei, entendi como essa mudança se relaciona com este disco, que apresenta todas as faces de mim mesmo, me apresenta dentro de vários gêneros musicais e várias personagens musicais. Até por isso, estava usando peruca esses dias. Quero trazer esses vários lados meus e esses vários personagens", reflete.
O músico, de 23 anos, conta a vontade de cortar o cabelo era antiga. Mesmo assim, muitas vezes ele foi desestimulado a fazer isso."Tinha essa vontade de cortar o cabelo há muito tempo, mas as pessoas diziam que não seria bom e que eu não deveria fazer isso. Ao mesmo tempo, eu tinha um chamado dentro do coração muito grande para fazer isso", explica ele, que ofereceu os cachos como uma oferenda e sacrifício para a mãe natureza.
Ele ainda relembrou como curtir careca e sem ser reconhecido o Lollapalooza, onde minutos antes se apresentou usando uma peruca similar ao seu cabelo. "Neste dia cantei de peruca. Depois arranquei a peruca, troquei de roupa e saí no meio do público. Muitas pessoas ficaram olhando para mim: 'Esse cara é muito parecido com o Vitão, tem até as tatuagens iguais, mas é careca!'. Foi legal andar tranquilo, sem ser reconhecido, sem parar para tirar foto... Estava desacostumado", diz Vitão.
Apesar de usufruir dos benefícios do sucesso, Vitão também desabafa sobre os problemas que ela traz. "Como tudo na vida: cansa. Tudo na vida que é muito bom tem o lado muito ruim. É delicado falar sobre isso, vocês podem me ouvir falar isso e pensar que seja só ruim… Tudo é uma grande ambiguidade. Existe o lado da gente querer sair desapercebido, dar um rolê sozinho na rua, sem pensar se estão te olhando ou tirando foto de você de longe. Eu era ameaçado na internet, tinha medo de andar na rua... Hoje em dia isso não acontece muito. Acaba sendo mais gostoso encontrar as pessoas nas ruas", explica ele, que ressalta que não quer voltar ao anonimato.
"Não quero voltar a ter esse anonimato na minha vida. Quero cada vez mais ser reconhecido pelo meu trabalho, mas foi uma experiência gostosa", pontua.
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