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A disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) na última eleição brasileira foi estudada em detalhes por conselheiros políticos do argentino Sergio Massa, que levaram a ele uma exposição minuciosa sobre o roteiro percorrido pelo petista para vencer a corrida presidencial no Brasil.
A avaliação dos conselheiros de Massa, candidato governista que disputa o segundo turno na Argentina com o ultraliberal Javier Milei, é que a disputa brasileira deixou várias lições à campanha peronista para a sucessão na Casa Rosada.
Milei vem sendo comparado a Bolsonaro –de quem recebeu apoio declarado– por sua agenda armamentista e visão conservadora sobre diversas pautas de costumes, como o aborto e a educação sexual nas escolas.
Políticos próximos a Sergio Massa dizem estar confiantes na vitória do peronista, mas admitem que será uma disputa “muito parelha” e decidida em detalhes. Ou seja, exatamente nos moldes do que ocorreu no Brasil em 2022, segundo relato de aliados de Massa à CNN.
A análise da eleição brasileira ficou a cargo de Daniel Scioli, ex-governador da província de Buenos Aires e ainda um cacique político no país vizinho. Hoje ele atua como embaixador da Argentina no Brasil.
Muito próximo a Massa, ele usou a disputa entre Lula e Bolsonaro para ajudar o candidato peronista a antecipar percalços no embate direto com Milei.
A campanha de Massa quer projetar a ideia de “união nacional” e se esforça para esconder ao máximo a imagem do kirchnerismo, desgastada nos últimos anos.
É a mesma estratégia explorada por Lula quando trouxe para a corrida presidencial a ideia de “frente ampla”, abraçou o uso de outras cores que não só o vermelho do PT e tentou deixar a bandeira do partido menos presente na campanha.
Para alívio do entorno de Massa, Milei mudou a ênfase de sua campanha da parte econômica para a pauta armamentista e de costumes. Isso permitiu que Massa saísse de uma postura defensiva, como ministro da Economia de um país que ostenta 140% de inflação, e pudesse explorar a campanha do medo.
Essa estratégia também segue a linha adotada por Lula em 2022, que explorou a tese de risco à democracia brasileira e recuperou vídeos de Bolsonaro desdenhando da pandemia de Covid-19.
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