Da Redação/G1
O assassinato de Marlon Roldão Soares dentro do Aerporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na manhã desta segunda-feira (19) foi um crime passional. Segundo a Polícia Civil, o jovem que completava 18 anos no mesmo dia namorava uma jovem que havia tido um relacionamento com um integrante de uma facção criminosa na capital gaúcha.
"Não há nada até o presente momento que leve a outra situação que não a passionalidade desse delito", disse o chefe de polícia Emerson Wendt, que acompanhou o trabalho dos investigadores no aeroporto.
O carro usado pela dupla para fugir do local foi encontrado próximo ao aeroporto e também passou por perícia.
O vendedor Wesley Koch diz que estava no saguão no momento do assassinato. "Percebi que era tiro e saí correndo. Entrei na salinha aqui ao lado para tentar me esconder o máximo possível para não levar um tiro", conta.
A enfermeira Selna Paiva relatou o medo de quem estava no local quando os tiros foram disparados. "Todo mundo que estava aqui no saguão correu, numa direção só. As crianças se deitaram no chão, os pais mandando deitarem no chão, aquele desespero, outros chorando. Foi horrível, mesmo", disse.
Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra o momento em que Marlon Roldão Soares foi assassinado a tiros dentro do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre(veja acima). O crime aconteceu na manhã desta segunda-feira (19), dia em que a vítima completava 18 anos, e a polícia tem suspeitos.
As imagens mostram a movimentação de um grupo que deixa a praça de alimentação e vai até a frente de um dos portões de embarque do terminal 2 do Salgado Filho. Lá, eles disparam vários tiros contra Marlon, mesmo depois que a vítima já estava no chão. Depois, fogem em direção ao pátio e entram um carro conduzido por um comparsa.
Para o delegado Adriano Melgaço, responsável pelo caso, o crime tem características de execução. A vítima foi identificada como Marlon Roldão Soares, que comemorava 18 anos nesta segunda. Ele não tinha antecedentes criminais, ainda segundo a polícia.
"Já temos alguns suspeitos do crime. Estamos trabalhando para colher mais informações, confirmar as identificações deles e fazer buscas para prendê-los", completa. Melgaço detalha como foi a abordagem ao jovem. "Os dois indivíduos simplesmente chegaram, abordaram e atiraram contra a vítima. Os disparos foram à queima-roupa”, disse ao G1.

"Já temos alguns suspeitos do crime. Estamos trabalhando para colher mais informações, confirmar as identificações deles e fazer buscas para prendê-los", completa. Melgaço detalha como foi a abordagem ao jovem. "Os dois indivíduos simplesmente chegaram, abordaram e atiraram contra a vítima. Os disparos foram à queima-roupa”, disse.
(Foto: Reprodução/Facebook)

Marlon foi atingido por pelo menos 15 disparos. Em seguida, a dupla fugiu em um veículo Chevrolet Cobalt prata. O carro foi encontrado próximo ao aeroporto e agora passará por perícia.
O jovem foi ao aeroporto com familiares para acompanhar um amigo que iria viajar. No mesmo horário, torcedores do Grêmio e jornalistas aguardavam o desembarque do novo treinador do Grêmio, Renato Portaluppi, que chegou de um voo do Rio de Janeiro. Por isso, a movimentação era intensa.
O pai da vítima, que acompanhava o filho e o amigo, foi até a delegacia que fica no local para prestar depoimento.
O delegado Gabriel Bicca, que atendeu a ocorrência no aeroporto, relata que o pai do jovem suspeita que o crime tenha sido por motivado por ciúmes do relacionamento do filho com uma jovem.
"O crime tem característica de execução, já que os tiros foram à queima-roupa", acrescentou Bicca.
Após o assassinato, o local foi isolado para o trabalho da perícia e da Polícia Civil. De acordo com a Infraero, as operações não chegaram a ser suspensas, apesar do crime. Em nota, a empresa também informou que vai colaborar com a investigação da polícia.

Após o assassinato, o local foi isolado para o trabalho da perícia e da Polícia Civil. De acordo com a Infraero, as operações não chegaram a ser suspensas, apesar do crime. Em nota, a empresa também informou que vai colaborar com a investigação da polícia. "O assassinato ocorreu em área pública do aeroporto, onde a responsabilidade pela segurança é da Polícia Militar, conforme o Programa Nacional de Segurança Civil contra Atos de Interferência Ilícita", observou a Infraero na nota.
A Brigada Militar classificou, em nota, como "equívoco" a interpretação do decreto, citado pela Infraero em nota. "O artigo 12 demonstra claramente que a principal responsabilidade pela segurança nos aeroportos cabe à Polícia Federal. O artigo 13 elucida que as funções de polícia judiciária e ostensiva para preservação da ordem pública podem ser executadas pelos órgãos estaduais, por meio de convênio."
A corporação informou que não existe nenhum convênio entre o Estado do Rio Grande do Sul, Brigada Militar e Infraero.
"Cabe, ainda, diferenciar que o crime ocorreu em área interna, de acesso e circulação de público, porém particular. Seria o mesmo que cobrar da Brigada Militar e do estado do Rio Grande do Sul policiamento em áreas internas de shoppings ou supermercados. A Infraero deve ter conhecimento a respeito da áreas de utilização pública de suas dependências e de suas responsabilidades para não confundir o cidadão como se fosse uma área de administração pública."
A Polícia Federal emitiu nota ofical em decorrência do caso.
Confira a nota na íntegra:
A respeito do fato ocorrido na manhã de hoje, 19/09, no Aeroporto Salgado Filho, a Polícia Federal esclarece que como polícia aeroportuária, sua atuação se dá na repressão aos atos ilícitos contra a aviação civil, controle migratório, além das atividades de Polícia Judiciária da União.
Não há atribuição legal para que a PF atue em crimes comuns cometidos no perímetro do Aeroporto, a não ser que haja prejuízo à União.
A PF colaborou e seguirá auxiliando as forças de segurança envolvidas com a ocorrência.
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