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(Foto: Reprodução)
O banco Safra se comprometeu nesta quarta-feira, 1, a devolver US$ 10 milhões para a Prefeitura de São Paulo por ter recebido dinheiro desviado das obras da avenida Jornalista Roberto Marinho e túnel Ayrton Senna, durante a gestão de Paulo Maluf(PP). Maluf foi prefeito da capital por duas vezes: de 1969 a 1971 e de 1993 e 1997.
O compromisso do banco faz parte de um acordo que a entidade firmou com o Ministério Público de São Paulo nesta quarta.
Maluf foi acusado pelo Ministério Público Federal de usar contas no exterior para lavar dinheiro desviado da Prefeitura. Segundo a denúncia, uma das fontes dos recursos desviados para o exterior seria da obra da Avenida Água Espraiada, atual Avenida Jornalista Roberto Marinho. Ainda de acordo com o MPF, o ex-prefeito e seus familiares movimentaram cerca de US$ 344 milhões em vários países, como EUA, Suíça, França, Inglaterra, Jersey e Luxemburgo.
Só no banco Safra de Nova York o MPF identificou a movimentação de US$ 100 milhões feita por Maluf via doleiro – Vivaldo Alves. Com esse acordo, o valor ressarcido aos cofres públicos chega a US$ 55 milhões, sendo US$ 20 milhões devolvidos pelo Deutsche Bank (Alemanha); US$ 15 milhões pelo Citibank (EUA), US$ 10 milhões pelo UBS (Suíça) e agora US$ 10 milhões pelo Safra de Nova York.
Em maio deste ano, Maluf foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de lavagem de dinheiro a mais de 7 anos de prisão. Apesar da condenação, os ministros da Primeira Turma da Corte não determinaram a execução imediata da pena em regime fechado, nem a perda do mandato na Câmara – o ex-prefeito atualmente é deputado federal.
Os advogados de Maluf argumentam que o ex-prefeito não tem condições de ir para a cadeia por causa de sua idade avançada – 85 anos.
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