Da AFP
(Foto: AP Photo/Juan Karita, File)
O presidente da Bolívia, Evo Morales, em foto de 22 de fevereiro.
A Bolívia reduziu consideravelmente seus índices de pobreza e pobreza extrema de 2005 a 2015, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), do governo de Evo Morales, que atribuiu a conquista a seus programas sociais.
"A pobreza na Bolívia diminuiu em 21 pontos percentuais", informou nesta segunda-feira (17) o INE em comunicado enviado à AFP. A pobreza recuou de 59,6% em 2005 para 38,6% em 2015.
A pobreza extrema, no mesmo período, diminuiu 19,9 pontos percentuais, de 36,7% para 16,8%, segundo o mesmo relatório oficial emitido no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O Ministério de Economia havia informado no meio deste ano que se antes cerca de quatro em cada dez pessoas viviam na pobreza extrema, agora são menos de duas. A população da Bolívia ultrapassa os 10 milhões de habitantes.
O governo explicou que essa queda gradual dos índices de pobreza e pobreza extrema se deve às políticas sociais implementadas pela administração do presidente Evo Morales.
Recursos
Um dos recursos mais importantes com os quais contou para financiar essas políticas foi a nacionalização dos hidrocarbonetos em maio de 2006, quando assumiu o poder, e que permitiu ao Estado administrar os recursos pela exploração de gás natural.
A venda de gás para Brasil e Argentina gerou uma explosão das receitas das receitas fiscais, de 600 milhões de dólares anuais em 2005 a um teto de US$ 5,489 bilhões em 2014, embora em 2016 tenha caído para cerca de US$ 2,6 bilhões por conta do efeito da queda do preço da energia.
Essas receitas abriram caminho para a transferência de renda, como bônus sociais a crianças, idosos e mulheres e "aos aumentos salariais", segundo o Ministério da Economia.
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