Cuiabá, 07 de Setembro de 2024

VOLTA AO MUNDO Sábado, 29 de Outubro de 2022, 17:12 - A | A

29 de Outubro de 2022, 17h:12 - A | A

VOLTA AO MUNDO / VEJA VÍDEO

Carla Zambelli saca arma e aponta para homem no Jardins, em SP

Deputada é aliada do presidente Jair Bolsonaro; ela diz que foi 'hostilizada' por manifestante

O Globo
Única News



A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP), apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), sacou uma arma e apontou para um homem na tarde deste sábado no bairro nobre dos Jardins, em São Paulo. Em vídeo publicado em uma rede social, a deputada afirma ter sido hostilizada por "militantes de Lula". As circunstâncias do conflito não são claras.

Em registros do ocorrido que estão circulando nas redes sociais, é possível ouvir o som de um disparo, sem, no entanto, mostrar quem teria realizado o tiro. As imagens mostram Zambelli e outro homem, do grupo da deputada, armados.

O caso aconteceu nas vésperas do segundo turno da eleição presidencial na Alameda Lorena, região próxima de onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza um ato de campanha.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu, em setembro, o transporte de armas por colecionadores, atiradores e caçadores no dia das eleições, e também nas 24 horas anteriores e nas 24 seguintes ao dia da votação. Conforme a decisão, o "descumprimento da referida proibição acarretará a prisão em flagrante por porte ilegal de arma sem prejuízo do crime eleitoral correspondente".

Segundo Renato Ribeiro de Almeida, advogado e coordenador acadêmico da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, Zambelli feriu a decisão.

— Além da clara violação ao artigo, as circunstâncias fáticas do ocorrido precisam ser esclarecidas. A parlamentar pode, em tese, sofrer sanções por quebra de decoro parlamentar que, em último caso pode até mesmo levar à cassação do mandato — diz o advogado especialista em Direito Eleitoral.

A deputada bolsonarista publicou um vídeo em seu Instagram em que afirma ter sido hostilizada por "militantes de Lula". Imagens do ocorrido mostram Zambelli e outro homem, do grupo da deputada, armados. Nos registros, é possível ouvir o som de um disparo, sem, no entanto, mostrar quem teria realizado o tiro.

— Me empurraram, até me machucaram aqui, me empurraram no chão, me chamaram de filha da puta, de prostituta, mandaram eu tomar no cu, ele me cuspiu várias vezes. Quando ele me empurrou, eu caí, eu saí correndo atrás dele, falei que ia chamar a polícia, que ele tinha que ficar aqui para esperar a polícia chegar. E aí ele se evadiu, eu saquei a arma e saí correndo atrás dele, pedindo para ele parar. Ele ficou com medo, parou dentro de um bar, pedi para ele esperar porque eu ia chamar a polícia e dar flagrante. Ele começou a pedir desculpa. Acabamos de filmar o pedido de desculpas, eu falei: tá bom, você pediu desculpas, pode ir. Ele começou a fazer de novo — relatou a parlamentar ao lado de polícias.

Em vídeo de quase quatro minutos, Zambelli ainda afirma que teve seu número tornado público ontem e diz que passou a receber ameaças de morte.

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