G1
(Foto: Divulgação)

Em sessão realizada na manhã desta terça-feira (7), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou o pedido de soltura de Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho, ex-secretário estadual do Rio de Janeiro. Com isso, Carvalho, que foi preso na 37ª fase da Lava Jato, em novembro do ano passado, segue na cadeia.
A decisão da 8ª Turma da corte, formada pelos desembargadores João Gebran Neto, foi unânime. A defesa já havia ingressado no TRF4 com habeas corpus que pedia a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares.
Em setembro, o relator dos processos da Lava Jato em segunda instância, desembargador João Pedro Gebran Neto, negou o pedido. "Por todas as razões já destacadas com relação à materialidade e aos indícios de autoria e, ainda, sendo necessária a prisão preventiva e inviável a sua substituição por medidas alternativas, deve ser mantida na íntegra a decisão de primeiro grau", sustentou na decisão.
Nesta terça, o voto dele foi acompanhado pelos desembargadores Leandro Paulsen e Victor Laus. O G1 tentou contato com o advogado de Carvalho, Diego Fernandes do Valle, mas não teve as ligações atendidas.
Carvalho integrou a equipe do ex-governador do Rio de Janeiro (RJ) Sérgio Cabral, e foi condenado, pela Justiça Federal do Paraná, a 10 anos e 8 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em junho deste ano, o juiz Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro, solicitou a transferência de Carvalho, que cumpria pena em Curitiba, para a capital carioca.
Sérgio Cabral foi condenado nesta mesma ação penal a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-governador está detido em um presídio no Rio de Janeiro desde dezembro de 2016.
Conforme o MPF, o ex-governador e o ex-secretário tiveram envolvimento no pagamento de vantagens indevidas do contrato da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.
Carvalho é réu em outros cinco processos, que correm no Rio. Ele era considerado o "braço-direito" de Cabral.
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