Por G1
Mais casas foram destruídas e chamas encobriram a cidade de Sydney, na Austrália, nesta terça-feira (12). Os incêndios, que atingem uma faixa da costa leste do país, podem não ser controlados até a semana que vem, temem as autoridades.
Ao cair da noite no horário local, autoridades respondiam a 11 alertas alertas de emergência em Nova Gales do Sul, estado onde fica Sydney. Cerca de metade dos 70 incêndios em todo o estado queimavam descontroladamente em condições denominadas "catastróficas".
O fogo já dura ao menos 3 dias e deixou 3 mortos, além de 150 casas destruídas e um milhão de hectares de terra queimados. Foi declarado estado de emergência na segunda-feira (11).
Uma aeronave foi destacada nesta terça para soltar retardadores de fogo em incêndios que ameaçam casas nos subúrbios do norte de Sydney. Imagens de televisão mostraram que parte da substância ultrapassou o incêndio, colorindo casas e veículos em rosa e vermelho.
"Ainda temos um longo caminho a percorrer antes que possamos dizer que estamos confortáveis com o estado dos incêndios", disse Shane Fitzsimmons, comissário de bombeiros rurais de Nova Gales do Sul, a repórteres em Sydney.
Embora a expectativa seja de que as condições melhorem na quarta-feira (13), ele disse que uma previsão de tempo severo para o fim de semana e outra explosão de ar quente na próxima semana significam que "simplesmente não vamos abrir vantagem em todos esses incêndios".
A ameaça aumentou a atenção sobre as políticas do governo conservador da Austrália para lidar com as mudanças climáticas. Segundo meteorologistas, essas políticas estendem a duração da temporada de incêndios.
Centenas de manifestantes se reuniram em Sydney nesta terça (12), exigindo mais recursos de combate a incêndios e pedindo uma ação climática mais forte.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, um defensor da indústria de carvão da Austrália, se recusou a responder a perguntas sobre se os atuais incêndios resultaram de mudanças climáticas.
"O governo diz que não é hora de falar sobre mudança climática - discordo completamente, deveríamos estar falando sobre isso há anos", declarou Carol Sparks, prefeita de Glen Innes, ao norte de Sydney, onde duas pessoas morreram no fim de semana.
"Estamos impressionados com a intensidade desse incêndio e a mudança climática é responsável", acrescentou.
Os incêndios florestais são uma ameaça comum e mortal nos verões secos da Austrália, mas a ferocidade e a chegada antecipada desse surto, na primavera do Hemisfério Sul, pegaram muitos de surpresa.
As chamas foram estimuladas por condições extremamente secas, após três anos de estiagem em partes de Nova Gales do Sul e Queensland. Especialistas afirmam que a estiagem também foi exacerbada pelas mudanças climáticas.
Em Sydney, que tem uma população de 5 milhões de pessoas, autoridades de saúde alertaram as pessoas com problemas respiratórios para ficarem em casa, porque a cidade estava coberta por uma cortina de fumaça "perigosa".
Cerca de 600 escolas e faculdades foram fechadas em toda a Nova Gales do Sul. A ministra de Educação estadual, Sarah Mitchell, disse que 9 escolas públicas no norte do estado foram esvaziadas.
Os incêndios também obrigaram os organizadores a cancelarem o Rally da Austrália, que encerrou a temporada com a Hyundai contra a Toyota.
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