Por Redação Reuters
Com pressa para assegurar validade nas eleições de 2018, o Senado aprovou nesta quinta-feira a regulamentação de um fundo estimado em 1,7 bilhão de reais em dinheiro público para financiar campanhas eleitorais, horas após a Câmara dos Deputados ter aprovado o projeto durante a madrugada.
A regulamentação do fundo e sua própria criação, aprovada em um projeto separado votado pela Câmara na noite de quarta-feira, agora precisam ser sancionados pelo presidente Michel Temer até este sábado para entrarem em vigor nas eleições do ano que vem.
A criação do fundo eleitoral ocorre após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucional a doação de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais.
Além da criação do fundo, o projeto aprovado pelo Congresso permite aos candidatos o uso de financiamento coletivo (crowdfunding) para arrecadar recursos de campanha e também muda aspectos da propaganda eleitoral, seja em rádio e TV ou pela internet.
Apesar da rapidez na votação para aprovar o fundo, os senadores decidiram retirar dois itens do projeto por considerarem estranhos ao conteúdo da proposta: o artigo que permitia a partidos e pessoas físicas ou jurídicas quitar multas eleitorais com desconto de 90 por cento sobre o valor devido, mediante pagamento à vista, e outro que tratava sobre autofinanciamento, de acordo com a Agência Senado.
O Senado, no entanto, manteve a proibição de candidatura avulsa, como aprovado pelo Câmara. Logo após a votação no Senado, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) começaram a discutir a possibilidade de julgar na tarde desta quinta a permissão de candidaturas avulsas em eleições, em mais um sinal de confronto entre as instituições.
Nesta semana o Congresso também aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue as coligações nas eleições de deputados e vereadores a partir de 2020 e estabelece a chamada cláusula de desempenho.
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