G1

Em um esforço para evitar o sepultamento da reforma da Previdência Social, o presidente Michel Temer se reuniu na manhã desta quarta-feira (8), no Palácio do Planalto, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O encontro durou cerca de uma hora.
Assessores do Planalto disseram ao Blog do Valdo Cruz nesta quarta que o presidente pretendia discutir com os deputados e com os integrantes de sua equipe "até onde dá para negociar a proposta que está na Câmara e fechar um novo texto para levar aos líderes dos partidos aliados". A convocação de Maia e Meirelles ao Planalto foi uma reação as idas e vindas protagonizadas pelo governo nesta terça-feira (7) em torno da reforma.
Em entrevista ao colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz, o presidente da República chegou a admitir que, "sozinho", não conseguiria aprovar as alterações previdenciárias.
Ao final do dia, sob o reflexo de declarações dúbias de Temer e de integrantes do palácio, o mercado reagiu negativamente. O dólar subiu, e a bolsa de valores caiu.
Diante do impacto no mercado, Temer divulgou um vídeo na noite desta terça afirmando que tem "toda a energia" voltada para a reforma da Previdência.
Nesta quarta, dia seguinte à divulgação do vídeo no qual o peemedebista disse que está empenhado na negociação do tema, o dólar abriu o dia em queda.
A reunião
Além de Rodrigo Maia e Henrique Meirelles, também participaram do encontro desta quarta-feira os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), o secretário de Previdência Social, Marcelo Caetano, e os deputados, Arthur Maia (PPS-BA), Carlos Marun (PMDB-MS) e Darcísio Perondi (PMDB-RS).
Arthur Maia relatou a reforma da Previdência na comissão especial criada na Câmara para debater o assunto. Um dos principais integrantes de "tropa de choque de Temer, Marun foi o presidente da comissão.
Vice-líder do governo na Câmara, Perondi disse, ao final da reunião, que Temer pretende se reunir com esse mesmo grupo mais duas vezes antes de fechar a nova versão do texto da reforma.
"Em 48 horas, haverá uma proposta mais clara na reforma da Previdência", enfatizou.
O deputado do PMDB relatou que, durante o encontro, ficou decidido que o governo manterá no pacote previdenciário a regra de idade mínima de 62 para mulheres e 65 para homens e as medidas que equiparam os benefícios do setor público com o privado.
Segundo ele, Arthur Maia ficou encarregado de discutir as mudanças com líderes partidários. A ideia do governo, de acordo com Perondi, é de que o relator da reforma previdenciária apresente uma emenda substitutiva ao projeto.
"O deputador Arthur Maia é hoje quem mais sabe de Previdência. Deve apresentar uma emenda substitutiva. É o mesmo texto, mas com melhoras que ajudam no impacto desse gigantesco buraco fiscal", ressaltou Perondi.
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