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VOLTA AO MUNDO Segunda-feira, 11 de Julho de 2016, 17:00 - A | A

11 de Julho de 2016, 17h:00 - A | A

VOLTA AO MUNDO / REINO UNIDO

Theresa May assumirá cargo de primeira-ministra; bolsas sobem

Ela será a 1ª mulher a ocupar o cargo desde Margaret Thatcher. Segundo lugar deixou disputa e abriu caminho para May se tornar premiê.

Do G1, em São Paulo



 

 Andrea Leadsom se retirou nesta segunda-feira (11)

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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, vai renunciar na quarta-feira (13) e a ministra do interior, Theresa May, assumirá o poder em seguida. Ela será a 2ª mulher a ocupar o cargo -- a primeira foi Margaret Thatcher.

 

Cameron havia anunciado sua renúncia ao posto no dia 24 de junho, após a opção que defende a saída do Reino Unido da União Europeia sair vencedora em um referendo.

 

Em declaração nesta segunda-feira (11) na frente da sua residência oficial, na Downing Street, o premiê disse que vai oferecer sua renúncia à rainha na quarta-feira, no Palácio de Buckingham.

 

Segundo o sistema eleitoral do Reino Unido, Cameron seria sucedido pelo novo líder do Partido Conservador, escolhido pelos membros do partido em uma lista de dois candidatos definidos pelo parlamento.

  

Theresa May, de 59 anos, tornou-se candidata única nesta segunda-feira, após sua rival renunciar à disputa pela liderança do Partido.

  

A corrida começou com cinco candidatos. May era a favorita desde o início. Além dela, concorreram a secretária de Estado de Energia, Andrea Leadsom, o secretário da Justiça, Michael Gove, o ex-ministro da Defesa Liam Fox e o secretário de Estado da Previdência, Stephen Crabb.

 

  

Liam Fox foi eliminado da disputa ao ficar em último lugar na primeira rodada de votações entre membros do parlamento. Em seguida, Stephen Crabb abandonou a corrida. Michael Gove foi eliminado após perder a segunda rodada de votações, na última quinta-feira (7).

  

Theresa May e Andrea Leadsom, portanto, disputariam a liderança em uma votação dos cerca de 150 mil membros do Partido Conservador, e o resultado deveria ser anunciado em 9 de setembro. Porém, na manhã desta segunda-feira (11), Leadsom deixou a disputa e abriu caminho para que May seja a sucessora de Cameron.

 

O presidente do comitê do Partido Conservador, Graham Brady, afirmou que um processo formal será realizado para confirmar a liderança de Theresa May, mas não deixou claro quanto tempo esse processo poderia levar.

  

Bolsas sobem

 

As principais bolsas na Europa fecharam em alta nesta segunda-feira após o anúncio de que May vai ser a nova premiê.

  

O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 subiu 1,5%, a 1.315 pontos. O índice pan-europeu STOXX 600 avançou 1,64%, a 332 pontos, nível mais alto de fechamento desde 23 de junho, dia do referendo britânico que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.

   

Analistas disseram que ela é uma política experiente que vai garantir estabilidade durante as negociações da saída britânica da UE. "Nós sabemos que ela tem experiência e é um pouco mais estratégica, então o mercado está aliviado com isso", disse Ankit Gheedia, estrategista de ações e derivativos do BNP Paribas.

   

Feminista e firme como negociadora

  

May, que se autoproclama feminista, será a primeira mulher a assumir o cargo desde a saída de Margaret Thatcher, em 1990. Segundo o jornal "The Guardian", ela é vista em Westminster como uma negociadora firme.

 

Filha de um vigário da Igreja Anglicana, Theresa May nasceu em 1 de outubro em 1956, em Eastbourne, no Reino Unido. Ela estudou geografia na Universidade de Oxford, onde conheceu seu marido, Philip May – o casal não tem filhos.

 

Antes de ingressar na carreira política, May trabalhou no Bank of England, chefiou a European Affairs Unit e foi consultora financeira da Association for Payment Clearing Services. Ela foi eleita para o parlamento em 1997.

 

 

Em declaração na frente da sua residência ofici

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'Brexit significa Brexit'

  

Acompanhada por dezenas de deputados conservadores em frente ao parlamento britânico, May afirmou nesta segunda-feira que o Reino Unido passa por "tempos de incerteza política e econômica", mas reiterou que trabalhará para conseguir "o melhor acordo" com Bruxelas para que o país deixe a União Europeia (UE).

 

 "Precisamos de uma nova visão de futuro, sólida e positiva. Uma visão para um país que funcione não só para poucos privilegiados, mas para todos, porque vamos dar ao povo um maior controle sobre suas vidas", afirmou.

 

 Ela reiterou que respeitará o referendo que decidiu pela saída do Reino Unido da UE. "Brexit significa Brexit e nós vamos fazer com que seja um sucesso", disse May, referindo-se à abreviação das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída).

  

Em resposta aos que pedem ao governo que ignore o resultado da consulta, May afirmou: "Não haverá tentativas de permanecer na UE, não haverá tentativas de reintegrar-se pela porta dos fundos." Cameron decidiu deixar o cargo por não concordar com a Brexit. Ele disse que caberá ao seu sucessor dar início ao processo de afastamento do bloco europeu.

  

As principais bolsas na Europa fecharam em alta nesta segunda-feira (11), após Theresa May vencer a corrida para suceder David Cameron como premiê do Reino Unido, reduzindo a incerteza política no país.

 

 Resultado de referendo levou à renúncia de Cameron

 

Em decisão histórica no dia 24 de junho, os britânicos decidiram em referendo deixar a União Europeia. A opção de "sair" venceu a de permanecer no bloco europeu por mais de 1,2 milhão de votos de diferença.

 

 O resultado derrubou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que no mesmo dia anunciou sua renúncia. Foi o próprio Cameron que propôs a realização do referendo – ele havia prometido convocar a consulta popular se vencesse com maioria as eleições gerais de 2015. No entanto, o primeiro-ministro era favorável à permanência no bloco.

 

"Os britânicos votaram pela saída e sua vontade deve ser respeitada", afirmou o premiê. Ele ponderou que o país precisa de uma nova liderança para levar a decisão adiante. "A negociação deve começar com um novo primeiro-ministro", afirmou.

 

  

 

 

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